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Obras de expansão do Canal de Panamá vão beneficiar as exportações da Bahia TRIBUNA DA BAHIA porAlessandra Nascimento Publicada em 13/08/2013 03:20:10 As obras de expansão do Canal do Panamá irão beneficiar a Bahia, ampliando a conectividade do porto de Salvador com o mundo. A informação é do diretor do Tecon Salvador, Demir Lourenço, que concedeu uma entrevista exclusiva à Tribuna da Bahia, nessa segunda-feira (12/8), 12 de agosto, para tratar de questões pertinentes à logística portuária. Demir ressaltou que ao fim das obras do canal, o agronegócio baiano irá se beneficiar com o encurtamento das distâncias. “Atualmente há cargas como o algodão que são exportados pelos portos do Sudeste. Isso acontece porque não há escalas em Salvador e o produtor se vê obrigado a pagar pelo frete rodoviário até por saber que em Santos há embarque a cada três dias seguindo para a chamada rota do extremo oriente. Com a conclusão das obras do Canal do Panamá, acreditamos que isso se inverta e Salvador seja beneficiado com o encurtamento das distâncias”, cita. Segundo Demir Lourenço, em se tratando de logística, um fator a ser levado em conta, além da distância geográfica, diz respeito às opções estratégicas determinantes da política empresarial. Para tanto, ele cita o exemplo da celulose baiana, que por uma opção de mercado da empresa Veracel, é exportada por Portocel no Espírito Santo. “Aquele porto é privado e especializado no embarque desse tipo de produto”, comenta. Ele frisa que com as novas condições tecnológicas e modernizadoras do porto de Salvador, o Tecon passou a trabalhar com quatro vertentes. “Atuamos no resgate de cargas perdidas, como a de frutas que vêm sendo escoadas por Pecem, no Ceará, e nossa intenção é que voltem a ser exportadas por Salvador. Também focamos na indução de conteinerização de cargas: a soja, por exemplo, costuma seguir viagem não conteinerizada; promovemos a indução da carga de cabotagem, para tanto reforçamos nossa equipe operacional abrindo escritórios em Manaus e Rio Grande do Sul, uma vez que entendemos ser a cabotagem mais interessante em razão de custos e segurança; além da atuação no sentido de trazer novas cargas para serem escoadas pelo porto”, pontua. Demir apresentou durante a entrevista dados oriundos do Ministério da Indústria e Comércio envolvendo o comércio exterior baiano. “Foram exportados no ano passado mais de 11,6 milhões de toneladas. Aratu responde por 4,3 milhões e Salvador por 3,3 milhões, com Ilhéus com 332 mil toneladas. Precisa-se mencionar que há cargas que seguem para serem exportadas por outros portos para o exterior, mas que saem do porto de Salvador via cabotagem. Entretanto, cerca de 5% do total de cargas exportadas seguem viagem por outros portos e são nosso alvo. Queremos trazê-las de volta para serem exportadas por Salvador”, declara. Ele aponta os portos concorrentes. “Há cargas sendo levadas por Sepetiba, no Rio de Janeiro, Paranaguá, no Paraná, e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, Pecém, no Ceará, Vitória, no Espirito Santo, o porto do Rio de Janeiro, no Rio, e o de Santos, situado em São Paulo. Obra de dragagem foi realizada em períodos de inatividade A questão envolvendo as obras de dragagem do porto de contêineres de Salvador, com homologação para 13,9m de profundidade e não 15m conforme chegou a ser divulgado pela Codeba, já está sendo sanada, conforme informou o diretor do Tecon Salvador, Demir Lourenço. Ele avisou que, devido a um problema durante a obra de dragagem, ocorreu uma espécie de extrusão, com parte do cimento usado para solidificar a área sendo injetado fora do espaço. “É preciso compreender que a obra do Cais de Água de Meninos envolveu a construção de uma espécie de muro, no qual foi injetado nata de cimento até uma profundidade de 20 metros. Ao ser solidificado, foram cravados perfis metálicos. Entretanto, há 14 metros de profundidade ocorreu à extrusão. O material transbordou a criou uma plataforma de até 3 metros de largura”, explica. Ele ressalta que, após entendimentos internos, chegou-se à conclusão que seria necessária uma homologação intermediária para os 13,9 m e depois dar continuidade à obra de correção. “A protuberância foi demolida com cuidado para evitar avarias e danos ao cais. Quero ressaltar que esse tipo de problema é comum e que a obra foi realizada em períodos de inatividade do porto, por isso o longo tempo de realização. A demolição da parte extrusa já foi feita. Utilizamos uma broca especial abrigada em balsa flutuante. O material agora está no fundo do mar. Já conseguimos caçambas especiais para promover a retirada do material e esperamos que tudo esteja sanado em seis meses, quando realizaremos nova batimetria e a Codeba buscará nova homologação junto à Marinha”, diz. Lourenço também ressaltou a importância de obras de acessibilidade marítimas e terrestres para garantir a melhoria da operação portuária. “Iniciamos a operação em Salvador em 2000. Naquela época, trabalhávamos com dois berços de atracação, sendo o principal com 210 metros de comprimento e 12 metros de calado. Outro berço, o cais de ligação, tinha 240 metros com 12m de calado, além de retroárea de 74 mil m2. Havia uma área publica – a ponta norte – com 167 m de comprimento e 44 mil m2 de área. O berço principal era adequado aos navios Panamax que possuem 220m de comprimento e 12m de calado. Com o tempo e a dinâmica da economia, houve necessidade de expansão. O berço principal agora é de 377m, podendo ser ampliado para 425m e retroarea de 118 mil m2. Foram investidos R$ 180 milhões nessas benfeitorias”, pontua.
Posted on: Tue, 13 Aug 2013 11:49:07 +0000

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