Ontem, indo assistir Contos da Noite no Circuito Saladearte do - TopicsExpress



          

Ontem, indo assistir Contos da Noite no Circuito Saladearte do Shopping Paseo Itaigara, um segurança to prédio quase me barra e fica fazendo perguntas inapropriadas - por pouco, não desisto de assistir ao filme; na véspera, a paranoia dos seguranças do Teatro Castro Alves quase me impede de tirar fotos do bicicletário de lá, como parte da pesquisa de contagem fotográfica de transito cicloviário que realizamos esta semana no entorno do Goethe-Institut Salvador-Bahia; ontem ainda, por mais que Carlos Prazeres insistissem para que os que lotavam a Igreja de São Francisco, assistindo a OSBA, usassem aquele espaço do modo mais livre que quisessem, todos os altares laterais (que há 300 anos servem para se transitar e sentar neles) ficavam barrados por uma cordinha (claro, SE se pedisse a um funcionário, seria CONSENTIDO o BENEPLÁCITO de adentrar esta parte do espaço), e os mesmos funcionários fizeram cara feia quando tomei a liberdade de fechar a porta principal para que o barulho externo não atrapalhasse o concerto. O que quero dizer com isso? Que o policialismo atual não é só da PM, da Guarda Municipal, ou do Estado (e que, por outro lado, espaços públicos não são apenas espaços sem finalidade comercial ou sem proprietário privado - historicamente, diversos espaços públicos são de posse privada mais uso público: clubes, igrejas, teatros, cinemas, museus, etc.). Cercear isso é tão grave quanto cercear o livre trânsito, a qualquer tempo e hora, no Largo do Campo Grande trancando-lhe os portões - e tão ineficiente quanto. É com esta situação paranóica (em que os comportamentos normais são tidos como inusitados, e inusitados acabam se tornando por perda de frequência; e por outro lado, os comportamentos aí sim que deveriam ser coibidos se tornam mais frequentes e erradamente tolerados, até por uma questão de proporção estatística) que se tem de acabar. Eu prefiro ser assaltado todos os dias do que ter, por mais gentil e desmilitarizado que for, alguém se inxerindo nos meus hábitos de vida diária. Se o estado moderno não deixa viver, mas faz viver; o atual em uma cousa nem oitra: não deixa viver, nem faz viver. É a governança subjetiva brincando de Estátua e de cara-eu-ganho-coroa-você-perde. Não admira que tal imbecilidade não produza senão imbecis.
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 15:38:21 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015