Opinião no jornal da esquerda israelense Haaretz O FIM DO MUNDO - TopicsExpress



          

Opinião no jornal da esquerda israelense Haaretz O FIM DO MUNDO COMEÇA EM DAMASCO Por Ari Shavit | 22 de agosto de 2013 | Pode isso realmente estar acontecendo? No século 21? Apenas a algumas centenas de quilômetros de onde eu estou sentado escrevendo esse texto? Será verdade que apenas algumas horas atrás, um tirano usou armas químicas contra seu próprio povo, que se rebelava nos subúrbios da capital, contra a tirania? Será verdade que durante este verão lindo, mulheres e crianças árabes estão sendo asfixiadas até a morte por um ditador árabe? O olho se recusa a acreditar naquilo que as imagens do iPad transmitem. A mente não pode compreender os relatórios que o iPhone entrega. Após que os tabus sobre o uso de artilharia, helicópteros e mísseis sobre civis foram quebrados, o tabu sobre uso de armas não-convencionais foi também aparentemente destruído. Segundo os noticiários, não muito longe de nós, na mesma Damasco com a qual buscou-se fazer paz, os árabes estão matando árabes com armas químicas. Em verdade, mais de 100.000 pessoas já foram abatidas na Síria. Durante dois anos, o nosso vizinho do norte tem sangrado de um jeito como israelenses e palestinos não sangraram em cem anos de conflito. E já houve um incidente com armas químicas que o mundo de fato não quer reconhecer. Mas, agora, é muito provável que um ataque terrível e sem precedentes ocorreu a leste de Damasco. Se este for o caso, o presidente sírio Bashar Assad e a Primavera Árabe teria cruzado a linha da decadência. A gloriosa revolta árabe, que o Ocidente apoiou entusiasticamente, tornou-se um evento apocalíptico. Nenhuma pessoa decente pode ignorar o que está acontecendo. O que, supostamente, seria um mundo esclarecido, não pode permanecer em silêncio. A cada dia, a guerra civil da Síria está assumindo as conotações horripilantes da Guerra Civil Espanhola. Anuncia o fim de uma era e delineia a era vindoura. Não são apenas vítimas inocentes que estão sendo enterradas em Damasco, mas o conceito do nacionalismo árabe esclarecido e a esperança que o Ocidente tenha uma consciência. Mulheres e crianças, aparentemente gaseadas até à morte, estão sendo enterradas em Damasco, junto com o ideal de uma comunidade internacional e a ilusão do direito internacional. Se os civis podem ser gaseados até à morte em 2013, enfrentamos o fim do mundo. É o fim do mundo, que pretende ser moral e esclarecido. É o fim do mundo, que procurou estabelecer uma ordem internacional razoável de qual o Oriente Médio seria parte. Muitos no Ocidente e Israel desprezam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Mas o que está acontecendo na Síria comprova a validade da advertência de Netanyahu que o maior perigo para a paz mundial no século 21 é a combinação de armas não-convencionais com regimes não-convencionais. Lunáticos são realmente loucos. Bárbaros são realmente bárbaros. Hunos serão hunos. Aqueles que agem com misericórdia para com os hunos, carregam a responsabilidade direta pelo fato de que armas nucleares estejam sendo construídos no Irã, armas químicas sendo usados na Síria e armas apocalípticas ameaçem o futuro do Oriente Médio. Aqueles que subestimam o perigo inerente aos hunos, tem responsabilidade direta pela morte das vítimas de hoje, os sírios e as vítimas de amanhã, os israelenses, europeus e americanos. É hora de libertar-se do relativismo moral, da hipocrisia multicultural politicamente correta que nos impedem de ver nossa má vizinhança como ela realmente é. A sirene de um alerta terrível está soando em Damasco. Estamos escutando? Será que o mundo a escuta? haaretz/opinion/.premium-1.542834#
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 21:01:55 +0000

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