Ori / Bori/ Odù / Ancestrais Ajalá é orixá muito antigo. - TopicsExpress



          

Ori / Bori/ Odù / Ancestrais Ajalá é orixá muito antigo. Olorum deu a Ajalá a tarefa de modelar o ori ( a cabeça) das pessoas. Todos os dias, Ajalá faz muitas cabeças que depois de prontas, são colocadas ao sol. Quando uma pessoas esta para nascer, ela antes vai até Ajalá para escolher uma cabeça. O material usado para modelar cada cabeça dá, á pessoa que a escolher, seu destino e seus ewós ( proibições). Ori, portanto, e a parte pessoal da existência de cada um. Ao escolher uma cabeça, a pessoa esta também escolhendo o seu odu. O odu é semelhante ao signo astrológico e rege a vida da pessoa durante sua permanência no aiyê. Só Ajalá e Orumilá conhecem o odu de cada um. Por isso, o odu só pode ser desvendado através do jogo. A cabeça nasce antes do corpo, sendo mais velha que a pessoa e até mesmo que o orixá que a tomou no momento em que ela nasceu. Por isso, antes de mais nada as pessoas devem adorar seu ori, cuidar dele. Cada pessoa tem o seu ori, não existindo dois iguais. Mas mesmo sendo único, o ori trás com ele a marca da ancestralidade. O local de onde Ajalá tira a massa para modelar Ori é chamado ipori e aí se encontra a herança de cada um, especialmente do pai da mãe. Assim, tendo Ori em si um componente de ancestralidade, as pessoas devem, antes de tudo, venerar seus antepassados. O alimento preferido da cabeça é o obi ( noz de cola ). O obi pode ser oferecido á cabeça sozinho ou acompanhado de outros alimentos. A obrigação na qual se “dá comida á cabeça” é o Bori. Bori significa “festejo a cabeça, assim como outras obrigações são festejos aos Orixás ou aos ancestrais. Mesmo uma pessoa não iniciada pode dar um bori, desde que o jogo assim o recomende. Assim como qualquer outra obrigação, o bori deve ser precedido por um jogo, que indicará não só sua conveniência, como também tudo que deverá conter a obrigação, inclusive a descriminação dos alimentos a serem oferecidos. A cabeça está no nascente e os pés no poente,. Por isso, durante o bori os ancestrais da pessoa são invocados, batendo no pé direito para chamar o pai e no pé esquerdo para chamar a mãe. O simbolismo dos pés, em contraposição ao simbolismo da çabeça, é importante. Os pés estão em contato direto com a terra. Assim como a cabeça recebe o Orixá, o pé a parte do corpo que permite a comunicação com os ancestrais. É na terra que os mortos são enterrados e é da terra que saem os eguns – espíritos dos mortos, que são os ancestrais cultuados nos terreiros de Kêtu. O bori é uma obrigação que visa fortalecer a cabeça para que ela esteja preparada para sustentar a pesoa, seja na vida particular, seja na vida religiosa. Por isso, quando uma pessoa está atravessando uma fase difícil, usa-se recomendar um bori. Na vida religiosa, o bori tem também uma função determinante: é uma participação , uma forma de pedir licença a Ori para fazer qualquer coisa na cabeça da pessoa. Outro aspecto importante é que o Orixá não pode atuar de forma positiva sobre a cabeça de um filho se essa pessoa estiver com a cabeça “fraca”. Como o agricultor prepara a terra onde a semente deverá germinar, também a Yalorixá ou Babalorixá, prepara Ori para receber os axés que serão dados pelos seus filhos.
Posted on: Sat, 13 Jul 2013 02:27:55 +0000

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