Orçamento de Investimentos - Parte 02 14/09/2013 0 - TopicsExpress



          

Orçamento de Investimentos - Parte 02 14/09/2013 0 Comments Na ultima semana publicamos um artigo introdutório sobre o Orçamento de Investimentos, falando um pouco sobre os conceitos base dos investimentos operacionais e também dosinvestimentos financeiros. Neste mesmo artigo comentamos também sobre a diferença entreinvestimentos, custos e despesas, que apesar de a primeira vista serem parecidos por representarem desembolsos para a empresa, aos olhos da contabilidade são tratados de formas bastante distintas. Se você não teve a oportunidade de conferir o artigo anterior, poderá acessá-lo aqui: Orçamento de Investimentos. E no post desta semana vamos dar continuidade ao tema, focando um pouco mais no que tange os fatores que devem ser levados em consideração quando se faz a análise de investimentos, e alguns aspectos a serem considerados na análise de viabilidade e retorno de investimentos. Para iniciar o planejamento e orçamentação de investimentos, a primeira premissa que deve ser definida pela empresa é qual o ponto de corte para que as aquisições sejam consideradas despesas de reposição e manutenção e passem a ser tratadas como investimentos. Vamos usar um exemplo prático. Vimos no artigo anterior que informática (hardware e software) é um dos investimentos mais comuns realizados pelas empresas. Porém, apesar de um mouse ou um teclado se encaixarem nesta categoria, geralmente são tratados como gastos com manutenção e reposição, pois obviamente ficaria inviável realizar projetos de investimentos para cada compra de mouse na organização. -------------------------------------------------------------------------- Talvez este seja um exemplo um pouco extremo, mas ele nos ajuda a compreender porque é de extrema importância que a área de controladoria elabore um Catálogo de Bens Passíveis de Investimento e repasse esta premissa orçamentária a seus gestores, para norteá-los durante o processo de orçamentação, evitando que a distinção entre despesas e investimentos fique a critério do julgamento de cada gestor, o que certamente irá gerar, entre outros problemas, a falta de padronização. Outro ponto importante é entender que todas as áreas do orçamento (receitas, deduções,custo, despesas, etc.) estão diretamente relacionadas e impactam umas nas outras, mas oorçamento de investimentos exerce uma influência ainda maior no restante do plano da empresa. Para ilustrar esta situação, imagine um cenário em que uma empresa decida realizar a ampliação de sua produção, e para isto realiza a aquisição de uma nova máquina. Não basta apenas prever no orçamento o custo de compra do equipamento. É preciso entender todos os impactos que esta aquisição irá gerar, como por exemplo: a.. Vendas: se a empresa vai produzir mais, logo, vai vender mais. Portanto o planejamento de vendas vai precisar ser revisto junto à área comercial; b.. Deduções: se o volume de faturamento vai mudar, invariavelmente mais impostos serão pagos e a área tributária deve estar atenta para verificar os impactos que a venda para um novo estado, por exemplo, pode causar; c.. Custo: as equipes de PCP e compras também deverão ser envolvidas para verificar o que muda na gestão dos custos produtivos e o que pode ser otimizado na compra de matéria-prima e na programação de produção; d.. Gastos com Pessoal: alguém precisará operar o novo equipamento, então o gestor da área deverá realizar junto ao RH o planejamento de recursos humanos para isto, fora os impactos indiretos, como a necessidade de contratação de mais vendedores para atuar abertura de novos canais para absorver a produção sobressalente que será gerada; e.. Gastos Fixos: o equipamento precisará ser instalado em local adequado e isto geradespesas, como por exemplo, o aluguel de mais espaço físico e o consumo de energia elétrica adicional; f.. Depreciação: de acordo com as regras contábeis cabíveis, o novo maquinário depreciará e isto impacta diretamente o resultado geral da companhia; g.. Tributos: com impactos em praticamente todas as áreas (receitas, despesas e custos), o resultado da empresa mudará e é possível haver até mesmo uma alteração do regime de tributação que a empresa está enquadrada. E isto que falamos apenas dos impactos econômicos gerados (DRE). Porém pela ótica financeira (DFC), muita coisa deve ser avaliada também: a.. Financiamentos: a companhia fará a aquisição do novo equipamento com recursos próprios ou buscará de crédito financeiro para isto? b.. Entradas de Caixa: como o novo volume de vendas e o novo faturamento afetam os recebimentos? Que providências deverão ser tomadas para dar conta do recado? Os sistemas, processos e profissionais estão preparados para isto? c.. Prazos Médios de Recebimentos: a empresa concede a seus clientes prazos de pagamento flexíveis? Se o fluxo entre prazos de pagamento e prazos de recebimento estiver desequilibrado, com o aumento das vendas a situação tende a piorar, necessitando de mais capital de giro para suportar a operação; d.. Juros: com o desembolso para a compra do equipamento, seja a vista ou parcelado, quais são os impactos do custo de capital, seja próprio ou de terceiros. Enfim, são muitos fatores que devem ser levados em consideração e poderíamos continuar elencando-os por muitas e muitas páginas, porém não é o foco aqui neste artigo. E muito menos temos a intenção de desencorajar novos investimentos para a expansão da sua empresa. A ideia com este artigo é levar o gestor a realizar uma reflexão mais ampla sobre a relação causa-efeito que deve ser analisada quando se trata de planos de expansão, e também sobre a necessidade do uso de ferramentas que deem suporte a esta análise do Big Picture de sua organização, como o Treasy. Na próxima semana finalizaremos esta série de artigos sobre o tema de investimentos, com um post dedicado somente a explanar e destrinchar os principais indicadores de análise e controle de investimentos, como ROI, TIR, VPL e Payback.
Posted on: Mon, 16 Sep 2013 20:07:34 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015