Os criminosos estão se dedicando cada vez mais às fraudes - TopicsExpress



          

Os criminosos estão se dedicando cada vez mais às fraudes eletrônicas na cidade de São Paulo, trocando roubos comuns por golpes com cartões de crédito, segundo pesquisa da Insper- Instituto de Ensino e Pesquisa. O levantamento, feito com 10.967 pessoas nos anos de 2003, 2008 e 2013, compara as taxas fraudes neste período. De acordo com o levantamento, a fraude em cartão de crédito teve um aumento expressivo de 327,5% entre o período de análise. Em contra partida, outras modalidades de golpes sofreram queda: o uso de dinheiro falso diminuiu 47,9% e o de cheque sem fundo reduziu em 50,1%. Para o setor de e-commerce, este cenário insere muitos desafios aos já existentes, como consolidação do conceito no País, exigências legislativas e o atendimento a todo o território nacional. Em entrevista à Risk Report, Alexandre Cagnoni, diretor da BRToken e especialista em tecnologia de segurança digital para o combate a fraudes eletrônicas, comenta os principais obstáculos dos varejistas para assegurar processos de venda online. Risk Report: Qual o desafio do e-commerce em adotar soluções de segurança? Alexandre Cagnoni: Grandes varejistas adotam algumas soluções e serviços de segurança, principalmente no que se refere à análise de perfil. Porém, nesses casos, nem sempre a decisão é acertada, nestes momentos, ou a fraude ocorre, ou a compra é negada. Um dos principais fatores que levam os varejistas a não adotar uma solução de autenticação forte ou uma dupla validação do carrinho de compra é o temor por se criar um passo a mais para os clientes, e causar com isso a desistência da compra, além dae migração para outro site de comércio eletrônico. RR: Quais as formas mais comuns dos cibercriminosos efetuarem roubos de dados dos cartões de crédito? AC: Existem diversas formas de roubo dos dados, sendo três as mais comuns: extração dos dados do cliente e cartão de um site de comércio eletrônico corrompidos; cópia dos dados do cliente em pontos de venda; e vírus ou cavalos de tróia no PC do usuário que, ao digitar os dados para fazer uma compra em um site, o vírus extrai esses dados e envia para um site de fraudadores. Esta última forma, ou mesmo por meio do uso de um site falso para que o usuário digite os dados, devem se tornar cada vez mais comuns, pois costumam ser eficazes e não dependem de uma posição geográfica para isso. Existem ainda quadrilhas que compram dados pessoais roubados na internet e utilizam para solicitar um cartão de crédito no nome do cliente, fazendo-se passar pela vítima. RR: É possível identificar o perfil do fraudador de cartões? AC: O fraudador normalmente é aquele que tem facilidade em negociar produtos roubados. A compra de um eletrodoméstico em um site usando o cartão de outra pessoa, não é muito diferente de se roubar uma carga de um caminhão ou depósito. O fraudador procura usar rapidamente os dados do cartão, antes que a fraude seja detectada. De posse dos produtos, negocia livremente em redes sociais ou sites de livre negociação de produtos. RR: Quais as possíveis soluções de combate ao roubo de dados de cartões de crédito? AC: Para evitar ser uma vítima de fraude, o usuário precisa evitar o roubo dos dados fisicamente em um ponto de venda. O ideal é estar sempre presente quando o cartão for passado ou inserido no POS. Por mais seguros que sejam os sites, vulnerabilidades sempre surgem e fraudadores podem se aproveitar destas para roubar os dados do seu cartão. Infelizmente os números mostram que existe uma tendência a crescer cada vez mais esse tipo de fraude. Cabe aos sites de comércio eletrônico mostrar cada vez mais preocupação com a segurança do cliente e até mesmo usar isso como uma ferramenta de marketing.
Posted on: Mon, 28 Oct 2013 15:14:11 +0000

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