Os meios de comunicação mostraram que, quando querem, realçam o - TopicsExpress



          

Os meios de comunicação mostraram que, quando querem, realçam o negativo e quando não podem esconder, noticiam o positivo. Nas manifestações contra a ditadura sempre tivemos preocupação com os paroxismos, fosse da esquerda, fosse da infiltração da direita. Por algumas vezes pegamos participantes armados com arma de fogo e pegamos outros incitando ao quebra-quebra, e na maioria das vezes era infiltração dos grupos para-militares da direita, MAC (Movimento Anti-Comunista), CCC (Comando de Caça aos Comunistas). Quando descobríamos uma infiltração, pegávamos a identidade, púnhamos para correr e comunicávamos à impressa, e quando era do nossa lado, mas com viés radicalóide, dávamos uma reprimenda e conversávamos até fazê-lo entender que tais atos só enfraqueceriam o movimento e serviriam de combustível à repressão da PM, que, em regra, fica a espera do primeiro motivo para desencadear a sanha violenta de seu DNA : espancar, torturar, matar e ficar protegida pelo sistema. De forma que havia um grupo nosso encarregado de fazer a segurança da manifestação , cabia a eles, as vezes identificados de alguma forma, sempre operando em grupo e à espreita, esses grupos chegaram a evitar muitas “porralouquices”, pois se percebiam alguém armado, chegavam junto e pediam/exigiam que se retirasse ou entregasse a arma. Os manifestantes que vão encapuzados de ninja, geralmente o ânimos é de enfretamento, e é aconselhável que o grupo de segurança fique próximo para evitar que saiam do foco do movimento. Uma manifestação sem comando único e com diversas lideranças acabam por abrir demais o foco e perdem a possibilidade de ganho dos objetivos iniciais. O atual movimento começou com uma reivindicação, o não aumento abusivo das passagens e melhoria dos transportes, e, logo em seguida, passou a ter outro objetivo: o de combater a criminalização dos movimentos sociais, contudo, como a acúmulo da indignação é grande, diversos outros propósitos apareceram, alguns bem oportunistas e de viés eleitoral. Se o movimento perder o foco nessas duas principais metas, pode perder-se e perder o apoio da sociedade silenciosa. Quem reivindica é porque acredita que o pleito pode ser aceito, quem não acredita, não reivindica e participa como se o movimento fosse uma onda que deve desembocar na insurreição e esticam até perder o que acumularam. Quem reivindica acredita na democracia, quem não acredita faz provocação, depredação e violência. O movimento deve centrar o foco na questão dos transportes e na desmilitarização da PM - herança da ditadura militar- e terá tudo para sair vitorioso. Os partidos não são mais ecos dos anseios sociais, mas não devem ser estigmatizados e muito menos demonizar a política, pois fora dela é a barbárie, a guerra, o anátema. O movimento é político, deve ser agregador, não excludente, e os partidos devem participar através de seus militantes, mas sem querer capitalizar, sem ser oportunista, é somar para conquistar os objetivos primários: melhoria dos transportes sem aumentos abusivos das passagens e a desmilitarização da PM - os governos têm que iniciar um processo de democratização da PM já. Finalmente, a todos os meios de comunicação: não usem do eufemismo de chamar bombas de efeito moral, termo criado na ditadura, absolutamente errado: as bombas de gás fazem mal ao físico, bem como as armas de pimenta, borracha, que podem causar graves danos físico. Viva a democracia! Viva a juventude brasileira que sai da letargia para fazer história.
Posted on: Tue, 18 Jun 2013 17:17:00 +0000

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