Os representantes do PS na Câmara do Porto aceitarem pelouros, - TopicsExpress



          

Os representantes do PS na Câmara do Porto aceitarem pelouros, ainda por cima politicamente armadilhados ( o urbanismo é um pelouro irrelevante e burocrático numa cidade consolidada, com os instrumentos de gestão urbanística recentemente aprovados, nomeadamente quando fica sem a tutela da reabilitação urbana; a habitação social é um presente envenenado, se entregue, como foi o caso, sem uma clara opção orçamental a favor da sua renovação estrutural, material e, principalmente, imaterial ). Estranhamente, ou talvez não, tudo isto aconteceu contra a sensata vontade da hierarquia superior do partido. É pois legítimo que a cidadania interessada se interrogue sobre a decisão de dois dos três vereadores rosa! Será que aceitaram cargos por mera vaidade pessoal, pouco ambiciosa e limitativa? Será que o fizeram por sentido patriótico, de quem quer, acima de tudo, assegurar a governabilidade da sua cidade? Ou será que o decidiram como peças de um xadrez político e estratégico mais amplo e programado? É legítimo pensar que se trata de uma deliberação que compagina todos esses componentes, com primazia do último acima referido. O perfil de dois dos vereadores apontaria, desde há muito, para a auto aceitação de um estatuto menor. Um pouco à maneira de que mais vale ser vereador uma hora que oposição toda a vida. É um caminho respeitavel, já que cada um define a sua fasquia de ambição / responsabilidade de acordo com o seu livre arbítrio. E se o faz em consciência, há que aceitá-lo. Houve vontade de assegurar a governabilidade numa época de crise nacional? Talvez, até porque o namoro político de meses há muito o indiciava. Contudo, este argumento perde credibilidade, abafado pelos outros dois, porque a estabilidade poderia ser garantida por um acordo de gestão parcelar, fiscalizado quotidianamente através de um voto de abstenção. É pois enorme o peso da terceira motivação, até porque esta solução, para além de retirar definitivamente o primeiro vereador socialista de qualquer futura ambição presidenciável, assassina a frio toda e qualquer pretensão do Partido Socialista se apresentar como alternativa em 2017. Sem outras componente seria um acto demasiado leviano e irresponsável. Assim, se ligarmos a crise conspirativa constante contra Antonio José Seguro ao interesse inusitado das elites mais centralistas na eleição do Porto, se unirmos a troca de cromos gentil, elevada e patriótica entre os Presidentes da Câmara de Lisboa e Porto à forma como a coligação nortenha tem sido tratada pela comunicação social mais anti Passos / Seguro, se ponderarmos a longevidade da aproximação estratégica Rui Rio / Antonio Costa à vontade de traduzir essa aliança numa solução política nacional que tem como horizonte as eleições presidenciais de 2015 e a queda / substituição deste Primeiro Ministro como passo intercalar, talvez deixe de ser tão inexplicável e inocente o voluntarismo risonho de Manuel Pizarro. Dessa forma ser vereador uma hora poderia ser o passaporte para ser Ministro uns meses ou anos. Os generais costumam promover os soldados mais temerários e obedientes! Está é pois uma matéria com relevância nacional a seguir com interesse nos próximos meses. Uma dor de cabeça para o Secretário Geral socialista e um desafio para o jovem e talentoso líder distrital, José Luís Carneiro. PS - após o apoio entusiástico dado pelo PP institucional à candidatura do Senhor Dr. Rui Moreira, o único vereador centrista ficou com os pelouros da fiscalização e protecção civil, ou seja, nada!! Tanto mais pouco quanto o PP teve a Vice Presidencia durante todo o anterior ciclo político e agora se vê completamente subalternizado pela oposição socialista. Outra pesada hipoteca a prazo. Ou será que a teoria da conspiração engloba uma ampla coligação nacional com os três partidos do arco da governabilidade? Luis Filipe Menezes
Posted on: Thu, 31 Oct 2013 09:14:29 +0000

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