PARA QUEM PERDEU, VEJA A REPRISE, VALE MUITO A PENA. Roberto - TopicsExpress



          

PARA QUEM PERDEU, VEJA A REPRISE, VALE MUITO A PENA. Roberto D´Avila entrevista Flávio e Camilo Tavares Flávio e Camilo Tavares Qual a verdadeira história do Golpe Militar de 64? Qual foi o papel dos Estados Unidos naquele episódio? E a luta armada no Brasil, foi uma utopia ou necessidade histórica? Essas são respostas que o próximo Conexão Roberto D’Avila vai tentar buscar, numa entrevista exclusiva com o jornalista Flávio Tavares e o seu filho, o documentarista Camilo Tavares, realizador do importante e esclarecedor filme A Noite que durou 21 anos. O filme, lançado em março, teve grande repercussão, pois iluminou fatos que não estavam muito claros sobre a efetiva participação do governo americano – primeiro de John Kennedy e depois de Lyndon Johnson – no golpe militar que destituiu o governo democraticamente eleito do Presidente João Goulart. “Camilo: Nos telegramas ao embaixador Gordon, já em 62, e depois nessa conversa na Casa Branca, você vê que foi o Gordon que pressiona e convence ao Kennedy que o Jango é um inimigo comunista. (..) Foi incrível perceber que os EUA um dia após o golpe, já emite um reconhecimento oficial parabenizando o novo governo, a junta militar. Tem uma gravação muito interessante dos assessores do presidente Johnson, aconselhando-o a pegar leve. E faz questão de ser efusivo e caloroso com Castello Branco, já em reconhecimento ao novo governo.” A partir de uma grande pesquisa – realizada na Biblioteca do Congresso americano, graças à abertura dos arquivos que, por lei, são tornados públicos após determinado período – o documentário revela momentos que, para muitos, seriam pura “teoria da conspiração”. “Flávio: Sabíamos que os EUA eram simpáticos aos golpistas, claro, por várias razões. Mas eu só fui entender a mecânica do golpe em função das pesquisas que meu filho realizou nos EUA. Eu não sabia que eles tinham tantos documentos arquivados. (...) Os americanos gravam tudo. O filme do meu filho, Camilo, por exemplo, mostra uma gravação do Kennedy com o embaixador Lincon Gordon na Casa Branca em que sela a aliança político-militar para o golpe de Estado no Brasil.” Conexão Roberto D’Avila mostra também os bastidores históricos que explicam o envolvimento americano no Golpe de 64, contextualizando um período dos mais beligerantes da História do século 20. “Flávio: Os americanos criam uma paranoia por causa de Cuba, é claro. Só que Cuba nesse momento não estava aliado com a USS, era simpática à USS mas não era um satélite da USS e o Brasil mantem, no governo Jango, a posição adotada por Jânio Quadros de política externa independente, respeito à soberanias nacionais. E o Jango mantem essa posição com todos os Ministros da Relação Exterior. Não havia ameaça comunista nenhuma, o Partido Comunista tava nas catacumbas, ilegal até. San Tiago Dantas foi Ministro das Relações Exteriores e enfrentou os EUA sozinho, depois o México se aliou ao Brasil Cuba porque Cuba naquele momento era o lobo mau. San Tiago Dantas em Punta Del Este desmonta a tese americana e mostra que juridicamente Cuba não poderia ser expulsa da OEA, então os EUA ficaram com o problema sem poder resolver. Havia, no governo Jango, vontade de reformas e isso que afetava as grandes empresas americanas sediadas aqui ou as que pretendiam vir pra cá. E outro detalhe: a ignorância da elite brasileira que tinha medo das reformas.” Na conversa entre Camilo e Flávio Tavares com o jornalista Roberto D’Avila foram debatidos, ainda, outros assuntos importantes, que tiverem sua gênese a partir do Golpe de 64: a luta armada do final dos anos 60 e início dos 70 e a tortura. O jornalista Flávio Tavares foi um dos personagens atuantes. Ele foi um dos presos políticos libertados quando do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, naquela que é considerada uma das mais importantes ações armadas contra o regime militar. Hoje, mais de 45 anos depois, Flávio Tavares falou de como vê aquele período de nossa História. “Flavio: Tem que se ver com os olhos de hoje o que aconteceu ontem e vice-versa. (...) A luta armada foi um grande sonho, uma bela utopia que não pode ser reproduzida hoje, porque a luta armada só tem razão em resposta às ditaduras, Che Guevara já dizia isso. (...) Censuravam até previsão do tempo de jornal. Não há razão para liberdade de imprensa, então, pra mim, não havia razão de jornalismo, então eu, como centenas de jovens mais fomos para a luta armada mais como rebelião moral do que política”. Conexão Roberto D’Avila apresenta Flávio e Camilo Tavares e o documentário A Noite que durou 21 anos. Um programa importante para que a História seja sempre lembrada, questionada.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 04:05:26 +0000

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