PARADA DE LUCAS RIO DE JANEIRO Em 1931, quando a comunidade - TopicsExpress



          

PARADA DE LUCAS RIO DE JANEIRO Em 1931, quando a comunidade começou a se formar, só existia um lugar onde obter água limpa. Era conhecida como Três Bicas e até hoje tem esse nome. Muitas pessoas atravessavam a Avenida Brasil para buscar água lá e trazê-la até suas casas. O nome do bairro origina-se da fusão entre o prenome de um proprietário de terras da região - Lucas - com a existência de uma estação de trem, lá inaugurada em 1949. Não se sabe exatamente como e quando o imigrante português José Lucas de Almeida, "o Lucas", foi parar naquela região que fazia parte das sesmarias do Irajá. Com a construção da nova ferrovia que ligaria o Centro do antigo estado da Guanabara até a Raiz da Serra, apareceu o nome do bairro atual, quando José Lucas de Almeida pediu para fazerem uma paragem em suas terras para que os pequenos proprietários da região pudessem escoar suas mercadorias. Daí, veio o nome "Parada do Lucas", local onde uma pequena cobertura em madeira servia de apeadeiro. Logo a seguir, veio a estação de trem que existe até os dias de hoje. A casa do Lucas estava situada onde é hoje a Empresa de ônibus Caprichosa, onde existia uma grande plantação de couves portuguesas, segundo relatam os moradores mais antigos do bairro. Por ser católico praticante, ele construiu uma capela com o nome da santa de sua devoção e aquela localidade do bairro ficou conhecida até hoje pelos mais antigos como o "Morro da Capela”, onde também existia uma escola primária e uma escola de samba, a "Unidos da Capela", campeã do carnaval do Rio de Janeiro em 1950 e 1960. Com a fusão da escola de samba Unidos da Capela (na atual Rua Itapuva) com os Aprendizes de Lucas, nasceu o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Lucas. Com o desmembramento das terras, surgiu o bairro, povoado por pessoas que vinham da Zona Sul e Centro do Rio, pessoas do interior do Estado do Rio, mais tarde por muitos nordestinos. Mas, na origem, podiam-se encontrar muitos portugueses, afro-brasileiros descendentes quase diretos dos escravos africanos (daí os cultos afros no bairro e o samba), até mesmo muitos judeus e pessoas do Oriente Médio. A favela ou comunidade de Parada nasceu de um projeto da Igreja Católica chamado Cruzada São Sebastião: algumas casas foram construídas mas, depois, o projeto foi abandonado e o dinheiro desapareceu, e, assim, deu-se origem à ocupação da área que continua ocupada até hoje. Adolfo Bloch trouxe um tempo muito próspero para o bairro com a implantação da gráfica da Bloch Editores, que já foi a maior gráfica da América Latina. Pessoas ilustres como o presidente Juscelino Kubitschek, o médico Christian Barnard e muitos outros famosos visitaram o bairro por causa da gráfica. Bairros cariocas Projetos sociais como o Afroreggae (Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Zanetti), localizado na Rua da Democracia nº. 17, principal rua dessa comunidade, têm procurado desenvolver a região, gerando empreendedores e pessoas capacitadas para disputar o mercado de trabalho. Possui oficinas de informática, programação de jogos, rádio digital, computação gráfica, história em quadrinhos, teatro, capoeira, violino, dança afro, percussão e circo, além de atendimento psicológico e social. Também existem outros projetos importantes como JOCUM, Jovens Com Uma Missão, que foi o primeiro projeto socioeducativo a trabalhar na comunidade e que trabalha com vários projetos com jovens, crianças e famílias. E o projeto "Amor Pela Vida", que cuida de pessoas que sofreram de acidente vascular cerebral. Também existe o centro sociocultural "Amor pela Vida", que foi criado em novembro de 2011, tendo, como objetivo, ajudar as crianças da comunidade a se tornarem cidadãos mais capacitados. A organização não governamental Transformação surgiu após a constatação de uma triste realidade presente nas comunidades carentes do Rio de Janeiro: o aliciamento de menores para o tráfico de drogas. Tal prática mostra uma distorção na formação dessas crianças: a perda precoce da inocência bem como a deterioração de valores sociais e morais. A atuação da organização visa a alcançar crianças na faixa etária de 6 a 14 anos, com a preocupação de passar, aos alunos, valores morais, éticos e de cidadania. O projeto atua na formação da criança como ser humano, oferecendo reforço escolar, a fim de preencher uma lacuna deficitária no ensino público. Por fim, se preocupa com o tempo ocioso da criança, buscando oferecer atividades recreativas e proporcionando um espaço para a criança ser criança.
Posted on: Sun, 08 Sep 2013 03:49:49 +0000

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