PARTE 5 O DOM DE LÍNGUAS E O DOM DE PROFECIA – Diretrizes para - TopicsExpress



          

PARTE 5 O DOM DE LÍNGUAS E O DOM DE PROFECIA – Diretrizes para o uso correto desses dons – uma análise judaico-messiânica (com base no capítulo 14 de 1 Coríntios) O DOM DE PROFECIA O apóstolo Paulo prossegue com a especificação do público-alvo de toda e qualquer manifestação do dom de profecia: 1 Coríntios 14.22b: “... mas a profecia [é um sinal] não é para os incrédulos, e sim para os que creem”. Por quê? O dom de profecia transmite a Palavra de D-us de uma maneira bem clara, direta e inteligível, de modo que não se faz necessário um sinal sobrenatural para sua autenticação. Devemos lembrar que: - Exigir sinais e milagres como condição para crer faz parte da mentalidade dos descrentes (cf. Mt 16.4); Ao passo que... - Estudar alegremente a Palavra de D-us com o desejo de obedecer é o pão diário dos crentes em Cristo. Nos versículos 23-25, Paulo explica a razão pela qual sua afirmação tem lógica e está correta: Versículo 23: Se sua igreja está reunida e todos os crentes começam a falar em línguas (i.e, falam numa linguagem que não pode ser entendida, nem interpretada), o que vão pensar os incrédulos que, porventura, estiverem presentes na igreja? O primeiro pensamento que lhes virá à mente é o de que vocês são loucos! OBSERVAÇÃO: Ainda que o dom de línguas tenha sido planejado por D-us para ser manifesto na presença dos descrentes, ele se tornará ineficaz, ou até prejudicial, se for usado fora dos limites definidos nas Escrituras Sagradas. Versículos 24-25: O apóstolo descreve o resultado positivo de uma situação hipotética na qual “todos profetizam” (i.e., a Palavra de D-us, concedida pela iluminação do Espírito Santo àqueles que falam, é comunicada de forma clara e compreensível. Veja também o versículo 3). Estou absolutamente convencido de que o Espírito de D-us nos concede sabedoria para abordar o assunto certo, com as palavras certas, na hora certa. Ele pode nos orientar para que façamos referência a algum aspecto que determinada pessoa na igreja precisa ouvir. Esse descrente ficará perplexo com o fato de que D-us lhe fala de modo direto e pessoal. Para ele, é como se D-us tivesse revelado “... os segredos do coração...” dele para aquele que fala. Então, ele se submeterá a D-us e se arrependerá de seu pecado. Essa é a pessoa que dá o seguinte testemunho aos crentes: “... D-us está, de fato, no meio de vós” (v. 25). CONCLUSÃO: Uma mensagem clara e compreensível beneficia a todos os ouvintes. ?? Será que existe alguma contradição entre o versículo 22b, que diz: “... a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que creem” e o versículo 24, que faz referência a um incrédulo que ouve a profecia e é salvo? NÃO! A finalidade do exemplo mencionado no versículo 24 era provar que o ensino claro e inteligível, sob a orientação do Espírito Santo, pode penetrar em QUALQUER coração – tanto dos crentes quanto dos incrédulos. Afinal, desde que o ser humano existe, o meio pelo qual as pessoas são salvas é a fé que resulta de ouvir a Palavra de D-us, como está escrito em Romanos 10.17: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”. A intenção de Paulo era enfatizar a superioridade do dom de profecia. A partir do momento que os crentes tinham sido identificados como porta-vozes de D-us, através do dom de línguas, o centro das atenções já não eram mais os sinais sobrenaturais ocorridos, mas sim as palavras que os crentes proclamavam – palavras que procediam de D-us! O dom de profecia é para ser usado em benefício dos crentes (14.22b), contudo, uma vez que a profecia consiste na exposição clara da Palavra de D-us, esse dom também pode ser benéfico na salvação de algum incrédulo que porventura estiver presente na reunião da igreja (14.24). O texto de Atos 2 relata que aqueles que receberam o sinal de línguas, falavam “as grandezas de D-us” EM IDIOMAS QUE ELES NUNCA TINHAM APRENDIDO (v. 8-11). Entretanto, quando Pedro começa a pregar o evangelho da salvação (v. 14ss), ele obviamente falava no idoma local. Concluímos que, se, por um lado, as manifestações do dom de línguas não são “imprescindíveis” todas as vezes que incrédulos estiverem presentes na reunião da igreja, por outro lado, a pregação clara e compreensível do evangelho da salvação precisa ser um elemento absolutamente essencial e permanente. Após asseverar que o dom de línguas é um sinal para os descrentes, ao passo que o dom de profecia é para os crentes em Yeshua, Paulo delineia o correto procedimento para o uso de ambos os dons na igreja (1 Co 14.26ss). RESUMINDO: 1. Os dons do Espírito devem ser expressos de maneira clara e inteligível, já que é o único modo pelo qual eles podem ser benéficos para a igreja. 2. O alvo do dom de profecia são os crentes em Yeshua, visto que expõe a Palavra de D-us e encoraja os ouvintes a obedecer. 3. O dom de línguas é um sinal para os descrentes: - um sinal que identifica os crentes como porta-vozes da mensagem de D-us; - um sinal que alerta os descrentes para que não rejeitem a mensagem clara, mas que se arrependam e sejam salvos do juízo iminente. 4. Se o Corpo de Cristo obedecesse às palavras do apóstolo Paulo nesses versículos, muita confusão e divisão poderiam ser evitadas. UM ARGUMENTO GERALMENTE LEVANTADO ACERCA DO DOM DE LÍNGUAS: Alega-se frequentemente que... “... na Bíblia, sempre que as pessoas expressaram sua fé em Cristo e receberam o Espírito Santo, elas inevitavelmente falaram em línguas”. É difícil sustentar uma afirmação dessa natureza quando se faz uma análise dos relatos encontrados nas Sagradas Escrituras: Atos 8,14-17: Os samaritanos que, poucos dias antes, creram em Yeshua e foram batizados, passados alguns dias, receberam o Espírito Santo através do ministério de Pedro e João. Embora o sinal de falar em línguas não seja explicitamente mencionado no relato desse acontecimento, é possível que tenha ocorrido. Atos 10.46: Os gentios começaram a falar em línguas no momento em que receberam a salvação em Yeshua. Atos 19.6: O apóstolo Paulo encontrou um grupo de discípulos que recentemente tinham crido em Yeshua. Depois de fazer-lhes menção sobre a existência do Espírito Santo, eles começaram a falar em línguas. Contudo, também encontramos na Bíblia o seguinte: Atos 16.29-35: O carcereiro de Filipos recebeu a salvação após ser testemunha do milagre envolvendo Paulo, Silas e todos os outros prisioneiros. Toda a sua família também creu em Yeshua. Nesse texto das Escrituras não há nenhuma menção ao sinal de falar em línguas. Paulo e Silas lhe explicaram em termos simples a única condição para a salvação: “Crê no Senhor Yeshua e serás salvo...” (v. 31). O texto de Romanos 10.9-10 reafirma essa condição de salvação, acrescentando a confissão verbal. Nesta passagem, as Escrituras também não fazem nenhuma afirmação de que a fé salvadora obrigatoriamente deve vir acompanhada do sinal de falar em línguas. Constatamos, assim, que o dom de línguas foi concedido aos crentes apenas em algumas ocasiões, não em todas. Na verdade, não se pode supor que o sinal de falar em línguas fosse uma regra em todos os casos de conversão a Cristo, pois, no livro de Atos, dentre todos os relatos de pessoas que creram no Evangelho, apenas poucos mencionam que os convertidos começaram a falar em línguas. (Atos 8.37-39; 9.35,42; 11.21; 14.1; 17.12; 18.8, entre outros). VAMOS RECAPITULAR TRÊS PRINCÍPIOS EXTRAÍDOS DE 1 CORÍNTIOS 12: 1. Cada crente recebeu pelo menos um dom espiritual: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um” (v. 7). 2. D-us é quem concede os dons do Espírito; não é o crente que escolhe o dom que deseja ter (v. 7-11, 18, 27-30). 3. A terminologia de 1 Coríntios 12.8-10 é a seguinte: “... a um é dada [...] a palavra da sabedoria; [...] a outro, [...] a fé [...] a outro, operações de milagres; [...] a outro, variedade de línguas...”, o que torna evidente que nenhum desses dons, inclusive o de falar em línguas, foi dado a TODOS os crentes. Tanto o livro de Atos quanto 1 Coríntios 12, demonstram que: A intenção de D-us nunca foi a de que o dom de falar em línguas fosse concedido a todos os crentes. É o Espírito Santo que concede a quem Ele quer. “... COM DECÊNCIA E ORDEM”. A. Condições para o uso dos dons espirituais – 1 Co 14.26-40: Vamos recapitular algumas conclusões a que chegamos até aqui: 1. Embora todos os crentes tenham sido batizados com o Espírito Santo, o capítulo 12 de 1 Coríntios esclarece que D-us não concedeu o dom de línguas a todos os crentes. 2. Todos os dons do Espírito Santo foram concedidos com um único propósito: a edificação (i.e. o desenvolvimento) do Corpo do Messias – a Igreja. Qualquer manifestação de dom espiritual que não beneficie nem edifique a Igreja, constitui-se em uso indevido desse dom espiritual e não pode estar de acordo com a vontade de D-us. 3. O capítulo 14 de 1 Coríntios define o dom de falar em línguas como “... um sinal NÃO para os crentes, mas para os incrédulos...” (v. 22) a) Um sinal que identifica os crentes como porta-vozes da mensagem de D-us; b) Um sinal de alerta para que os incrédulos se arrependam diante da iminência do juízo de D-us. (Isaías 28.7-13; 1 Coríntios 14.22) 4. O dom de profecia foi designado para ser usado na presença de crentes, pelo fato de que expõe a Palavra de D-us e encoraja os crentes a obedecê-la (1 Co 14,22). A partir do versículo 26 até o final do capítulo 14, Paulo ensina o correto procedimento para a utilização dos dons de língua e profecia na igreja, Todo uso de dom espiritual que esteja fora dos limites estabelecidos pelo apóstolo deve ser visto como uma iniciativa da própria pessoa que dele se utiliza, o que não pode estar de acordo com a vontade de D-us. Nos versículos de 1 Coríntios 14.26-40 Paulo estabelece as condições para a utilização bíblica dos dons de língua e profecia. Duas regras da mais alta importância se acham respectivamente no primeiro versículo desse texto (v. 26) e no último (v. 40): - “Seja tudo feito para edificação”. - “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem”. Esse foi o modo pelo qual o apóstolo trouxe à lembrança dos coríntios o elemento que mais faltava na comunhão daquela igreja: AMOR! Essas duas regras ainda proporcionam outra utilidade: quando testemunhamos determinado fenômeno e ficamos a pensar se o que aconteceu procede de D-us ou não, a Palavra de D-us nos oferece um excelente instrumento de aferição através dessas regras –se aquilo que está ocorrendo caracteriza-se pela falta de ordem e clareza, ainda que pareça ser um “sinal”, não procede de D-us. SEMPRE TENHA EM MENTE ESSAS DUAS REGRAS GERAIS! Elas foram estabelecidas para propiciar a utilização adequada dos dons espirituais, além de nos habilitar para que identifiquemos aqueles cuja atuação não procede da vontade de D-us. Já que estamos falando de regras, o apóstolo Paulo acrescenta algumas outras no versículo 27: No caso da alguém falar em línguas: a) Devem ser duas, ou quando muito, três pessoas a falar, não mais que isso; b) Cada pessoa fala por sua vez, não todos juntos. Dessa forma, fica absolutamente claro que a Palavra de D-us não dá permissão para que uma igreja inteira fale em línguas ao mesmo tempo. Alguns crentes já me disseram: “Todos nós falamos em línguas ao mesmo tempo, mas isso é praticado sob a autoridade de nosso pastor; portanto, é feito “... com decência e ordem”. Contudo, uma vez que os pastores devem estar sujeitos à autoridade da Palavra de D-us, conforme escrita na Bíblia, eles não têm autoridade para atribuir “decência e ordem” àquilo que nitidamente contradiz as Escrituras Sagradas. Qualquer atividade ou manifestação que contrarie o que está escrito na Bíblia não procede de D-us. A terminologia usada por Paulo nos oferece mais uma informação: a prática de falar em línguas não era uma necessidade obrigatória em todas as reuniões da igreja. Ele começa o versículo 27 dizendo: “NO CASO DE alguém falar em outra língua...” (i.e., era algo que podia ou não acontecer e os crentes coríntios não tinham necessariamente que falar em línguas todas as vezes que se reuniam). Até amanhã, se D-us permitir!
Posted on: Mon, 02 Sep 2013 08:45:47 +0000

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