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POVO BRASILEIRO II As igrejas evangélicas se concentram na localidade do Piraquê, na Estrada da Matriz. Pelo menos quatro fazem limite com o terreno escolhido para receber até 1,5 milhão de peregrinos. O Piraquê, na verdade, é um loteamento irregular, surgido há décadas a partir da invasão de parte de uma fazenda, que inclui o terreno onde o Papa celebrará a missa. Há sete anos pregando no Piraquê, o pastor evangélico Isídio da Costa Melo, de 72 anos, da Igreja Assembleia de Deus Poder da Fé, conta que durante a missa seu templo estará aberto. — Aos domingos, pela manhã, temos estudos bíblicos. Vou abrir a igreja para os fiéis da mesma maneira que sempre fiz. Acho que todos virão, mas eles são livres para decidir. Respeito o Papa Francisco. Mas o senhor Deus, ao entregar a tábua com os dez mandamentos a Moisés, disse que, além dele, não há outro. Durante a Jornada Mundial da Juventude, teria que escolher entre o Papa ou pregar. Prefiro eu mesmo falar sobre papai do céu — disse Isídio. A dissidência no rebanho de Isídio, no entanto, começa em casa. A mulher, Janete Costa Melo, não pretende assistir à missa. Mas faz questão de conhecer o Papa, mesmo se faltar ao culto: — Nossa crença pode ser outra. Mas ele é um líder religioso importante. Somos vizinhos do local da missa. Claro que eu vou — disse Janete. O pastor Jamil Manhães, que antes de se converter era católico, ainda não sabe o que fará no último domingo de julho. Ele pode ser chamado a pregar ou a converter alguém. Caso contrário, poderá assistir à missa. Um dos templos onde prega, na Estrada da Matriz, foi construído por ele mesmo. Da janela coberta de poeira, é possível observar as obras de preparação do Campus Fidei. Por enquanto, tudo ainda é um imenso descampado. — Católicos e evangélicos têm a mesma missão: levar a palavra de Deus. O importante, como está escrito na Bíblia, é conhecer a verdade. Porque só a verdade liberta — disse Jamil. Na casa do comerciante católico Rafael de Oliveira, de 36 anos, a história é outra. Ele se prepara para hospedar, durante a Jornada, cinco pessoas de sua família que são evangélicas: — Todos moram em São Paulo. Semana passada, ligaram pedindo para ficar hospedados aqui, porque querem rezar com o Papa, independentemente de religião — contou Rafael. A menos de 300 metros de Rafael, mora Maria das Dores Costa, de 57 anos. Evangélica frequentadora da Assembleia de Deus de Campo Grande, ela também diz que prefere acompanhar seu culto a assistir a missa do Papa. — Eu sigo o caminho que Jesus determina. Mas respeito todas as religiões. E também respeito o Papa. A gente só não pode respeitar o diabo, porque ele não merece — justificou.
Posted on: Sun, 28 Jul 2013 15:53:04 +0000

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