Padroeiro principal dos teólogos e outros pensadores cristãos, - TopicsExpress



          

Padroeiro principal dos teólogos e outros pensadores cristãos, e, curiosamente, dos impressores (de livros) também, Santo Agostinho morreu a 28 de Agosto de 430 em Hipona, cidade do Norte de África onde durante muitos anos exercera o ministério episcopal e que naquela data, que era já o do estertor final do Império Romano do Ocidente, se encontrava assediada pelos Vândalos. No meu conceito, porém, recordar Agostinho de Hipona, significa, antes de mais, evocar o lugar insubstituível que na Missão da Igreja pertence ao exercício do pensamento nomeadamente em áreas como a Filosofia e a Teologia. Mas significa também celebrar o excepcional papel que Santo Agostinho teve no desenvolvimento do pensamento cristão e, consequentemente, recordar a importância de se conhecer com um mínimo de seriedade o pensamento deste grande Santo da Igreja e mestre do Ocidente, aquele a quem, em meu entender, e entre todos os que o são, melhor se adapta o título de Doutor que a Igreja lhe dá. As «Confissões», livro em que Agostinho narra o seu percurso de saída de si ao encontro da verdade e de Cristo, são uma das obras mais belas e importantes de todo o pensamento mundial, um fantástico depósito de profunda experiência e sabedoria, uma obra para todos os efeitos profundamente definitória do que veio a ser esta «humanidade ocidental» a que pertencemos. O livro das «Confissões» de Santo Agostinho é uma obra cheia de profundidade e beleza em cada uma das suas páginas, expressão magnífica de um pensamento todo ele orientado para a necessidade de mostrar de que modo a aproximação a Deus implica em nós momentos de transformação como os seguintes: 1. Aprender a ser livre em relação às coisas do mundo; 2. Aprender a conhecer-se por dentro, ou seja, a entrar nas profundidades da alma e, desse modo, encontrar na profundidade do coração a força que nos dá vida; 3. Aprender a viver como sujeitos capazes de pensamento; 4. Aprender a fazer juízos com a devida distância e equidade; 5. Aprender a reconhecer e a seguir a Luz que nos ilumina a partir da interioridade da alma. Na sua obra, em simultâneo uma narrativa existencial da vida e um monumento de pensamento especulativo, Santo Agostinho ensina-nos, mais do que tudo, que nada na vida humana tem interesse real, duradoiro e perene, se não ajudar àquilo que na vida é o único que realmente interessa: conhecer-se a si mesmo/a através da própria relação que Deus, em Cristo, nos oferece! Finalmente, recordo ainda como numa das suas inúmeras homilias (117), Santo Agostinho nos oferece uma importante chave hermenêutica para a compreensão do tipo de Problema que Deus é para nós: «Si enim comprehendis, non est deus» – «se o compreendes, então quer dizer que não é Deus»! Compreender a incompreensibilidade do Mistério é entender o Significado que Deus não pode deixar de ter no coração e na mente de todo o ser humano que queira e saiba entrar na dinâmica daquele «credo ut intelligam», ou seja, do «acreditar para compreender», de que Santo Agostinho foi um dos primeiros e mais conscientes representantes, paladino que foi e é da inteligibilidade da Fé. https://facebook/photo.php?fbid=617869234900749&set=a.202128639808146.51447.156810827673261&type=1
Posted on: Wed, 28 Aug 2013 19:43:40 +0000

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