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Para Arminio e Franco, tripé foi fragilizado O Globo - 18/10/2013 Meirelles defende conservadorismo fiscal e critica inflação elevada Daniel Haidar Ex-presidentes do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco (1997-99) e Arminio Fraga (1999-2003) criticaram o abandono pelo governo do tripé de política econô­mica, receituário que consiste em superávit primário, câmbio flutuante e metas para inflação. A receita é considerada responsá­vel por devolver a estabilidade de preços ao país após o plano Real. O tema foi o responsável nesta semana pelo primeiro confronto eleitoral entre as pré-candidatas Dilma Rousseff e Marina Silva. Franco atribuiu ao que chamou de política econômica mal for­mulada parcela de responsabilidade pelos protestos. — O custo de uma política macroeconômica mal formula­da se transforma difusamente em um setor público que funci­ona mal: no transporte público que não funciona, no hospital què tem fila. Tudo é resultado de política econômica mal formu­lada. São custos muito concretos e até me arrisco a dizer que está por trás da efervescência que es­tamos vendo nas ruas - disse Franco em seminário do Ibmec e do Instituto Millenium. Arminio disse que a política econômica atual tem seme­lhanças com a empreendida na ditadura militar, na década de 60 e 70, quando investimentos eram dirigidos para o cres­cimento a despeito da inflação. — A partir do governo Dilma, houve uma flexibilização do re­gime macroeconômico. Ficou a impressão de que o compromis­so com a meta de inflação (4,5%) diminuiu. Faz três anos que a in­flação anda em torno de 6% a despeito de tentativas setoriais de segurar preços como as tari­fas de combustíveis. Nos anos 60 e 70, se investia mais e se trans­feria menos. Não havia esforço direto de combate à pobreza. Mas de resto há grande seme­lhança. Infelizmente o resultado desse modelo que temos não se­ra bom — disse Fraga. Henrique Meirelles, ex-presi­dente do BC no governo Lula (2003-2010), também criticou a inflação elevada dos últimos três anos e reiterou que o país precisa apresentar conservadorismo fis­cal para lidar com a redução dos estímulos monetários nos EUA. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez referência ao tripé, lembrando que o dólar a R$ 2,16 ainda é favorável à indústria e que a economia brasileira tem fundamentos sólidos: — O governo mantém uma po­lítica de combate à inflação. Em termos de resultado primário, o Brasil tem melhorado em relação ao seu passado recente.
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 19:47:57 +0000

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