Para produção agrícola Ragendra de Sousa defende restituição - TopicsExpress



          

Para produção agrícola Ragendra de Sousa defende restituição de casas agrárias na cidade de Maputo (#canalmoz) “As zonas verdes das Mahotas e Infulene só produzem alface e couve. Mas a alimentação não é só isso. Falta cenoura, pepino, cebola, pimento, entre outras hortícolas” – Ragendra de Sousa, economista. Maputo (Canalmoz) - O economista Ragendra de Sousa defendeu que a reactivação das casas agrárias nas zonas verdes das Mahotas, cidade de Maputo, e Infulene, no município da Matola, pode resolver o problema de alimentação e emprego nas zonas peri-urbanas. Ragendra de Sousa, que falava a semana passada à margem da Conferência do Sector Agrário e Desenvolvimento Rural em Moçambique, organizada pelo Observatório do Meio Rural, disse que as casas agrárias devem ser reactivadas para que a produção cresça. “Temos uma rica experiência no domínio das casas agrárias. Neste momento da economia de mercado podemos pensar como financiá-las. A instituição (casa agrária) deve nascer para que os associados e a produção também cresçam. Os associados podem passar a ser os financiadores da casa agrária”, disse. O economista diz que o Governo devia olhar às casas agrárias da mesma maneira e ir ao encontro dos produtores. “A prova de vida mostra que a influência do comportamento do homem passa pela instituição. Por exemplo, veja como a igreja universal está espalhada. Está em cada bairro e as pessoas vão lá. Na produção também, temos que olhar da mesma maneira, Temos produtores e a instituição agrária deve chegar perto do produtor”, disse. Explicou que: “É urgente a restituição das casas agrárias. A cidade de Maputo está a crescer e a agricultura peri-urbana é uma forma de emprego. O Governo tem que resolver o problema alimentar”. Maputo só produz couve e alface Ragendra de Sousa diz que o Governo, através do Ministério da Agricultura, deve resolver o problema alimentar. “Na cidade de Maputo só se produz couve e alface, e não se vive só disso. Há zonas verdes à volta de Maputo. Deve-se aproveitar, orientar e influenciar os agricultores para uma decisão mais óptica para eles”, disse. O Governo aposta no ProSavana para resolver o problema de alimentação no País. Comunga da mesma opinião? Questionou o Canalmoz. Em resposta, Ragendra de Sousa disparou: “A concessão do ProSavana a que eu conheço está lá em cima. É de instalação de serviços dessa natureza. É um serviço de aconselhamento aos agricultores para que produzam dentro de certas normas e ao mesmo tempo organizar a comercialização. Este estudo que está apresentado é fundamental. É um modelo de contrato que provavelmente vai acontecer no ProSavana. Por isso, temos que estar atentos à conclusão deste estudo. Porque se for tabaco, soja ou milho, como se diz, a gestão por contrato tem seus desafios”. Frigoríficos às moscas no grossista O economista Ragendra de Sousa disse que os frigoríficos para armazenar os produtos no Mercado Grossista do Zimpeto estão às moscas devido à falta de produtos. “Os frigoríficos estão vazios no Mercado Grossista de Zimpeto. Tomou-se uma decisão errada. O que está feito, está feito. É preciso conservar os frigoríficos e organizar a produção. Se a gestão dos frigoríficos for privada, o homem está com prejuízos. Se for do Estado, está acarretar com os prejuízos”, disse. Potencial das zonas verdes O antigo director do Gabinete das Zonas Verde, João Tembe, disse que na década 80, foi feito um trabalho que concluiu que nas zonas verdes de Mahotas e Infulene havia um grande potencial de produção, mas não havia maximização da produção. “As verduras como couve e alface não atingem a maturidade biológica. Os agricultores estão mais preocupados com a gestão do espaço. Nessa altura tentamos convencer o Governo sobre as casas agrárias. No Infulene já não há tomate, beterraba, cenoura e outros produtos”, disse Tembe que foi director das zonas verdes até 1986. (Cláudio Saúte)
Posted on: Tue, 10 Sep 2013 06:15:24 +0000

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