Para uma Definição de “Leitura Educadora” ...Quixote, - TopicsExpress



          

Para uma Definição de “Leitura Educadora” ...Quixote, Gregor Samsa, Fausto, Hamlet, Riobaldo são personagens mais vivos do que as pessoas que nos rodeiam. Mais vivos, e instigantes. Inesquecíveis “professores” da existência. Todorov faz o alerta: a literatura corre sérios riscos. A escola e a universidade tornaram a literatura mero pretexto, trampolim para estudar os textos enquanto textos, e somente enquanto textos, com base em extensa bibliografia que se basta a si própria. Colocaram a literatura no tubo de ensaio. Sobre ela está o microscópio. Por força das análises estruturais, atentas às obras literárias em si, aos seus elementos internos, abstraindo-se de sua relação com o mundo, com as pessoas comuns, com os grandes temas da vida... tais obras perderam seu “ferrão”, digamos assim. Aos nossos olhos, sobretudo aos olhos de quem estudou literatura e fez desse estudo a sua profissão... eis um belo objeto de análise. E os eficientes instrumentos de análise passam a ser mais importantes e mais belos do que o objeto analisado! O perigo está em deixar a literatura em último plano, enaltecendo as teorias literárias à custa do poema, do conto, das histórias que este ou aquele autor veio nos contar. O teórico não se emociona, não se deixa envolver pelo encanto ou pela magia (“encanto”, “magia”, palavras que a pretensa objetividade científica abomina), não permite que a análise se misture às biografias reais das pessoas reais. Sua principal função como teórico é, portanto, atingir aquela (impossível) exatidão, é separar, distinguir, virar o objeto pelo avesso, fazer ininteligíveis considerações sobre a metalinguagem, equacionar a literariedade do poemático, investigar os actantes presentes na textualidade do romance... hottopos/notand_lib_12/gabriel.pdf
Posted on: Sun, 10 Nov 2013 20:32:11 +0000

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