Pelo fim da violência no futebol Os jornais O Estado de S.Paulo - TopicsExpress



          

Pelo fim da violência no futebol Os jornais O Estado de S.Paulo e Lance! fizeram nesta semana o que deveria ser o trabalho da polícia. Os dois diários localizaram através de vídeos e fotos três torcedores do Corinthians que participaram de uma briga generalizada com vascaínos no último domingo, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Publicaram nome, sobrenome e apelido dos brigões. Nem mesmo assim, a polícia tomou alguma providência. Os torcedores continuam soltos, como se nada tivesse acontecido. Com a publicação dessas reportagens, ficou provado que falta à polícia competência (ou vontade) para acabar com a violência nos estádios. Se os repórteres, que não são investigadores nem detetives, conseguiram identificar os participantes da confusão, por que a polícia não consegue? O que mais chama atenção são as reportagens do O Estado de S.Paulo que revelam que dois dos brigões do Mané Garrincha ficaram mais de cinco meses presos em Oruro junto com outros 10 torcedores, todos acusados pela morte do jovem boliviano Kevin Espada, de 14 anos, durante uma partida do Corinthians pela Libertadores. O grupo foi considerado inocente por falta de provas e menos de um mês depois de ser libertado já está de volta aos estádios. Uns torcendo pacificamente, como deve ser, outros brigando. O terceiro elemento identificado pelo jornal Lance! é vereador em Francisco Morato, região metropolitana de São Paulo. Ou seja, aquele que deveria ser o representante do povo foi flagrado dando pontapés em policiais. É de se destacar também o papel do Corinthians neste caso. O presidente do clube, o delegado Mario Gobbi, jura não financiarfacções organizadas. Por isso, diz que o Timão não pode ser responsabilizado por atos praticados pelos seus torcedores. Gobbi, no entanto, parece ter se esquecido de que dedicou os títulos do Campeonato Paulista e da Recopa Sul-Americana aos 12 corintianos presos em Oruro. Que deu US$ 50 mil dólares à família do garoto boliviano morto. Que apelou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que o governo brasileiro tirasse os seus torcedores do cárcere. Agora, quando dois desses corintianos são flagrados dando muros e chutes em vascaínos e policiais, esmagando crianças e idosos contra as grades, o dirigente diz que não pode ser responsabilidade por nada. É, no mínimo, estranho um comportamento desses. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pode punir o Corinthians com a perda de até dez mandos de campo. É pouco. A Fiel, que o Timão gosta tanto de dizer que é “o maior patrimônio do clube”, apronta semana sim semana não nos estádios. Semana passada, por exemplo, torcedores ligaram sinalizadores na arquibancada durante a partida contra Luverdense. Os mesmos sinalizadores que mataram Kevin Espada. A Fiel é reincidente. O Corinthians, então, como dono desse “patrimônio”, tem de ser responsabilizado. Não seria exagero o clube ser excluído das competições por um ano. Só assim passaria a, talvez, cuidar melhor do seu “patrimônio”. Isso, porém, não exclui os torcedores de serem penalizados criminalmente. Lugar de bandido é na cadeia, e não nas arquibancadas.
Posted on: Thu, 29 Aug 2013 00:07:41 +0000

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