Pelo visto Martha, as tendências feministas que entendem o - TopicsExpress



          

Pelo visto Martha, as tendências feministas que entendem o feminismo como um movimento de mulheres, brancas e de classe média ainda é hegemônico! A primeira mulher que eu conheci de Mujeres Libres foi Sucesso Portales [...] Sucesso tinha se filiado à Mujeres Libres na Espanha central em 1936. Ela discutiu a orientação de Mujeres Libres para as mulheres trabalhadoras, a ênfase sobre a educação e o empoderamento e a relações da organização com o amplo movimento anarquista e anarco-sindicalista. Mas, eu estava fascinada, intrigada, e perplexa pelas atitudes para com as feministas e o feminismo [...] que tinha Mujeres Libres: Nós não somos - e nós não éramos, logo - feministas, ela insistiu. Nós não estávamos lutando contra o homem. Nós não queríamos substituir uma hierarquia feminina por uma masculina. É necessário trabalhar, lutar, juntos porque se nós não o fizermos, nós nunca teremos a revolução social. Mas, nós precisávamos de nossa própria organização para lutar por nós mesmas.[...] Muito de minha fascinação com Mujeres Libres surgiu de meu desejo de entender essa distinção e sua significância. O que significou essa claudicância destas mulheres em se auto-identificarem como feministas? Logo vim a suspeitar que, apesar dos contextos da Espanha nos anos de 1930 e do Estados Unidos nos anos de 1980 se diferenciarem marcadamente, pode haver alguma similaridade entre a recusa de Mujeres Libres para se identificarem como feministas e a hesitação de muitas mulheres trabalhadoras e mulheres de cor nos Estados Unidos em adotar o rótulo feminista. Pode haver aqui uma lição para as feministas contemporâneas, lutando contra as tendências feministas que entendem o feminismo como um movimento de mulheres brancas e de classe média? Martha Ackelsberg. Free Women Of Spain: Anarchism and the struggle for the emancipation of Women.
Posted on: Sat, 30 Nov 2013 13:08:35 +0000

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