Perguntaram qual o meu segredo Fundei uma empresa que exige - TopicsExpress



          

Perguntaram qual o meu segredo Fundei uma empresa que exige capital para crescer. E como a maioria dos empresários brasileiros, comecei do zero, o que implica em um grande esforco para conseguir dinheiro extra para o negócio. Em mais uma tentativa de atrair investidores para financiar o crescimento da Montana, estava em uma sala reservada em um Hotel nos Estados Unidos me preparando para fazer a apresentacão da empresa, enquanto aquele que cumpria o papel de cerimonial fazia as introducões necessárias. Enquanto arrumava meus papéis, ouvi o apresentador falar em país pobre, cidade pequena, infância miserável. Respondi imediatamente pelo pensamento: infância miserável é a Ponte Que Partiu. A partir desse momento simplesmente viajei. Tenho o costume de me desligar. Em casa, as filhas dizem que vou para o mundo Alfa. Quando acontece, perguntam como estava o clima por lá ? Se encontrei algum conhecido e outras brincadeiras do tipo. Infância miserável ? O que esse sujeito está falando ? Fui educado por grandes mestres. Professora Silvia me ensinou o teorema de Pitágoras de um jeito que nunca vou esquecer. O orientador Azis me chamava em sua sala para discutir o meu futuro, meu plano profissional.O diretor Luis discutia o futuro do Brasil com nossa turma. Professora Mary ,com seu simples bom dia, enchia de amor todo o quarteirão. Professora Inah nos obrigava a ler Joelmir Beting, o que me influenciou a estudar economia. E muitos outros bons educadores. Além disso, jogava basket no time da escola. Nosso time, formado em uma pequena cidade, era de baixinhos quando comparado com os times de Campinas, São paulo, etc. Mas para compensar, o time corria muito, tinha muita garra e era muito difícil perder jogo dentro de casa. No vestiário o técnico fazia a prelecão e dava a ordem : vamos entrar, vamos ganhar. Quando o time entrava na quadra, era como se subisse aos céus com a mistura da explosão da torcida e da explosão da adrenalina. Recentemente um diretor da Montana me perguntou de onde eu tirava tanta garra, tanta confianca, tanta vontade. Lembro de ter respondido no automático : foi impregnado na minha alma as 17 horas na quadra de esportes do CREO. Ele não entendeu, pensou que eu tivesse tido uma experiência mística naquele lugar. De fato foi uma experiência marcante, mas não mística, era o horário dos treinos de todos os dias menos sabados, quando tinha jogo e folga mesmo só nos domingos. Dos 12 aos 17 anos foi isso que fiz, era isso que eu era: um atleta. Ainda no mundo Alfa, eu me via correndo pela lateral em contra ataque, alguém iria me lancar a bola, eu era infantil, mas me agigantava, eu iria enterrar, enterrar com as duas. A adrenalina tinha subido, era isso. Muitas vezes eu visitava o mundo Alfa para isso, para receber a ordem : vamos entrar, vamos ganhar. Era o código para receber a descarga de adrenalina, para subir a competitividade, a agressividade. Eu ainda estava correndo pelo contra ataque. Infância miserável ? Eu tinha que dar uma ombrada nesse cara, eu tinha que joga-lo do outro lado do alambrado. Eu estava em transe. Minha esposa que estava do outro lado na sala conseguiu capturar minha atencão. Ela estava dizendo algo, eu não escutava. Suas mãos imitavam segurar um terco. Ela estava rezando. Parou quando eu a olhei nos olhos. Ela queria que eu aterrizasse, me concentrasse no que tinha que fazer. Então voltei, mas não sabia quanto tempo tinha desligado se um ou cinco minutos, tinha perdido o gancho, o que o apresentador tinha falado, já finalizando eu ouvi ele passar a palavra assim : então, Gilberto, conte para nós qual o seu segredo. Eu tinha que ser honesto, profundamente honesto para passar confianca, então respondi no automático: eu tive sorte na vida, tive um bom técnico. Obrigado professor João. Obrigado por me ensinar a ganhar. Obrigado por me ensinar a perder. Obrigado por ter sido duro comigo nos exercícios físcos ou quando era preciso. Obrigado por me ensinar a dar o melhor de mim nas quadras. Na vida. Obrigado por me ensinar a jogar em equipe, a liderar. Obrigado por tudo. Obrigado pela vida. Feliz aniversário nos seus 80 anos de vida. Que Deus abencoe a sua longa vida. Do seu filho, Gilberto Zancope
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 16:11:59 +0000

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