Período sabático revigora, mas é mal compreendido pelo - TopicsExpress



          

Período sabático revigora, mas é mal compreendido pelo mercado. Vivemos correndo de um compromisso ao outro, equilibrando diversos problemas ao mesmo tempo, fazendo malabarismo com as obrigações e lutando para encontrar espaço na agenda para uma noite de diversão ou fim de semana de descanso. Mas mesmo esses pequenos momentos de prazer acabam muitas vezes interrompidos por telefonemas ou pensamentos que trazem à tona as preocupações. Chega uma hora em que a vontade é se desligar de tudo: deixar o celular em casa e sair em busca do silêncio ou daquele sonho alimentado há anos. Essa pausa na vida para se afastar da rotina e olhar para dentro é o chamado período sabático, um intervalo para se dedicar a si mesmo, seja um recolhimento para avaliar suas escolhas e repensar o futuro ou para se dedicar a um projeto pessoal. "É um período para exercer vocações, ter experiências, uma saída para se ver de fora", diz Herbert Steinberg, consultor de governança corporativa, professor de MBA da Business School São Paulo e autor do livro "Sabático – Um Tempo Para Crescer" (editora Infinito). "O sabático dá tempo e espaço para você repensar valores e objetivos. Na maior parte das vezes, a gente está vivendo no automático, e quando você está com a mente cheia você não consegue criar esse intervalo", afirma a psicóloga Rita Laert Passos, diretora da Associação Brasileira de Qualidade de Vida. "Criar espaço e tempo para isso é importante, seja de nove dias, um mês ou um semestre". A prática teve início no século 19 no ambiente acadêmico, conta Steinberg. "As universidades ofereciam como uma forma de atrair e manter seus professores, dando períodos para que eles produzissem conteúdos, ideias e se desenvolvessem. Isso fazia com que eles ficassem ligados à universidade e produzindo conteúdo de alto nível". Em meados do século passado, outros seguimentos do mercado de trabalho começaram a adotar esse benefício. Por ser uma pausa tão pessoal, os objetivos de um sabático podem ser os mais variados, da realização de um sonho de estudar culinária na França a uma viagem ao Oriente para uma busca espiritual. "Às vezes, é um executivo que quer trabalhar em uma ONG ou escrever um livro", fala Steinberg, que se afastou do trabalho e da família por dois meses em 1999 para se dedicar ao seu próprio sonho. "Eu tinha curiosidade histórica e religiosa sobre o caminho de Santiago de Compostela e era uma fantasia do meu tempo de mochileiro. Então fiz um sabático para rever história e me inspirar", conta. Ele percorreu o caminho sozinho. Juliana Zambelo Do UOL, em São Paulo
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 08:17:28 +0000

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