Pessoal, repasso agora uma analise que achei genial!! Aplausos. - TopicsExpress



          

Pessoal, repasso agora uma analise que achei genial!! Aplausos. Responde a muitas perguntas. Como é muito grande o original e o clima é de muita excitação, achei por bem sintetizar o texto para permitir uma leitura mais rápida das principais argumentações. Mas isso não substitui o texto original, que vale a pena. “TÉCNICAS PARA A FABRICAÇÃO DE UM NOVO ENGODO, QUANDO O ANTIGO PIFA”, POR SILVIA VIANA Analisando o movimento e a reconstrução do discurso da grande mídia ela pontuou de modo brilhante alguns pontos e técnicas para enganar. Ela pretende mostrar como vem funcionando a linha de produção de uma nova ideologia do ponto de vista da tentativa de manipulação da grande mídia. Saber disso é importante para nossa contra-ofensiva, não caindo no risco de fornecer matéria-prima. 1- IGNORAR O OBJETIVO DO MOVIMENTO E APONTAR PARA A MANIFESTAÇÃO COMO UM FIM EM SI. Esta é a estratégia mestra da mídia. Isso é Minimizar os fins em relação aos meios. Faz isso de três formas: a) A MÍDIA SÓ RESSALTA OS MEIOS: o manifesto foi violento ou não, houve, ou não, negociação entre as partes, quais os trajetos e pontos ocupados, quantas pessoas aderiram etc Falar que não é só 20 centavos, que tem muito mais, de certo modo é tornar abstrato o fim do movimento. b) A MÍDIA CONSTRÓI E REFORÇA A FRAGMENTAÇÃO DOS MOTIVOS, entrevistando pessoas na rua, mostrando cada uma com demandas diferentes, sutilmente esfumando os objetivos do movimento. c) A MÍDIA ESTÁ FABRICANDO UMA AMARRAÇÃO ARTIFICIAL: A “CORRUPÇÃO”. A corrupção, que também é uma abstração, aparece como fonte original de todas as mazelas e móbile principal das expressões de descontentamento. Trata-se da falsa bandeira mais útil para a grande mídia por uma razão ideológica: ninguém em sã consciência seria favorável à corrupção, trata-se de uma bandeira imune ao conflito (que é o princípio da política). Mas é útil também por ser moeda valiosa nas negociatas entre as grandes empresas de mídia e os partidos e governos. Por fim, a corrupção é um produto ideológico pronto. Ela aparece como um problema moral, portanto pontual, QUE TOCA APENAS O PODER PÚBLICO, E NÃO TEM RELAÇÃO ALGUMA COM O ASSIM CHAMADO “LIVRE MERCADO”. 2- O GIGANTISMO DOS MEIOS como técnica da mídia a) Uso da violência como ponto central. Destaque aos vândalos e bárbaros, polícia e bandido b) A mudança no discurso diante na inexorável força do movimento e aprovação popular. c) O paradoxo do reacionarismo anti-manifestação: não é possível defender a democracia e ser contra o conflito. d) a solução, por ora, é negar o conflito por outra via: o problema não são as manifestações, mas o momento em que elas “descambam” graças a alguns “elementos extremistas desgarrados”. e) Esses, que passaram do total de manifestantes, no primeiro momento, a parte do movimento, no segundo, tornaram-se uma exceção que deve ser prontamente eliminada. f) Os meios, então, se convertem, ainda uma vez, em objetivo e o reacionarismo se segura como pode, rearticulando os acontecimentos sob a chave-mestra da ideologia contemporânea: a segurança g) Outra técnica para lá de esperta, é a disseminação da noção de que há uma equivalência de forças e razões entre manifestantes e o aparato repressivo dos estados, se mantém: os policiais ainda “apenas reagem”. h) Através dessa simplificação é possível a construção, não apenas de um novo discurso, mas também de uma nova pauta: o importante é a Paz!!! (digo agora eu: mais abstração dos fins não é possível, ainda que a paz seja um dos valores mais importantes para mim. Ressaltar o patriotismo também é abstrair e traz outras coisas...). Ela conclui dizendo: Há ainda muito a se refletir se partirmos desse material asqueroso que subitamente se tornou rico (para quem quer pensar, é claro!): o retorno de uma patriotada descabida (nada como uma ideologia basilar como a Nação para nublar o conflito); os descontentamentos específicos que ficaram de escanteio, como os reais motivos das manifestações contra a copa (o problema não é a corrupção, mas o fato de que os grandes eventos são, em si mesmos, a subtração de tudo o que ainda possa haver de público); o ponto de inflexão que foi a brutalização dos jornalistas na quinta-feira passada – e a ideia subjacente de que há os espancáveis e os não espancáveis; o uso descarado dos embates em torno das bandeiras partidárias nas manifestações; a fácil apropriação do slogan “acorda Brasil”, que poderia ter sido formulado pelo publicitário da Johnnie Walker, e por aí vai.
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 17:51:45 +0000

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