Polícia investiga morte de criança eletrocutada IML não tem - TopicsExpress



          

Polícia investiga morte de criança eletrocutada IML não tem acesso a corpo para fazer exame cadavérico A polícia já começou a investigar a morte do garoto Pedro Marcelo Santos Júnior, 12, que supostamente foi eletrocutado numa cerca com eletrificação clandestina no povoado Terra Caída, no município de Indiaroba. O garoto morreu no Posto de Saúde da cidade e o Instituto Médico Legal (IML) ficou impossibilitado de realizar o exame cadavérico para identificar a causa da morte porque um médico do posto de saúde forneceu declaração de óbito e o corpo foi liberado para sepultamento. Há informações que quando o IML chegou na cidade, o corpo já estava sendo velado. As equipes do IML e do Instituto de Criminalística foram acionadas por volta das 13h30 da quarta-feira, 3, pelo delegado de polícia local, Omar Rocha. Ambas as equipes se dirigiram ao município e o IML retornou sem realizar a remoção. Apenas o perito Nay do Amor Vieira, do Instituto de Criminalística, realizou o exame de constatação de eletrificação clandestina no sítio e o laudo será liberado em 30 dias. O delegado Omar Rocha acreditou que o IML tivesse feito a remoção do corpo para realizar o exame cadavérico e ficou surpreso com a informação de que o corpo já estava sendo velado quando os peritos chegaram à cidade. O delegado já identificou o proprietário do sítio, que fugiu do flagrante, e acredita que ele se apresentará nas próximas horas para prestar esclarecimentos sobre a ilegalidade da eletrificação existente na cerca do sítio. “O dono do sítio será indiciado porque houve o crime, mas não sabemos se doloso [quando há a intenção de matar] ou culposo [quando não existe o interesse de matar]”, comentou o delegado. Alternativa O coordenador geral de perícias da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Adelino Lisboa, também estranhou o fato do corpo ter sido liberado do posto de saúde apenas com a declaração de óbito assinada pelo médico do posto de saúde. O coordenador esclarece que o laudo do IML é peça fundamental nas investigações policiais quando envolve morte violenta. Adelino Lisboa só vê uma alternativa para corrigir o erro: o médico que assinou a declaração de óbito ser convocado pelo delegado de polícia para atuar, “ad hoc”, como perito. “Como médico, ele não pode dar o atestado de óbito se efetivamente ocorreu morte violenta”, considerou Lisboa. “Para corrigir o erro, o médico que atestou deve ser nomeado “ad hoc” para emitir o laudo”, observou. Apelo O prefeito do município, José Leal da Costa Bitencourt (PT), informou que a equipe do posto de saúde obedeceu ao clamor dos familiares quando adotou a medida para liberar o corpo para sepultamento apenas com a declaração de óbito assinada pelo médico local. "O avô disse a mim que não queria deixar o neto passar pelo sofrimento no IML", conta. O prefeito não considera irregularidade no procedimento já que a causa da morte foi testemunhada por muitas pessoas, inclusive pela própria família da vítima e que, conforme observa, nada impede que o médico que assinou a declaração de óbito seja convocado pelo delegado do município para atuar como perito. O prefeito garante que todo o procedimento foi aprovado pela autoridade policial e também pela equipe do IML. "Todo o procedimento foi feito com a presença de todo mundo: do Conselho Tutelar, da família, do delegado e até da equipe do IML. Esta história de que o corpo já estava sendo velado quando o IML chegou à cidade é mentira. O corpo ainda estava no posto de saúde e o pessoal do IML consentiu que fosse liberado com a declaração do médico, atendendo o pedido da família", revela o prefeito. Por Cássia Santana.
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 22:43:17 +0000

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