Por: Abel Guedes Ferreira “É com imenso gosto que a Real Associação de Viana do Castelo informa que S. A. R. o Senhor Dom Duarte aceitou o convite da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) para ser Embaixador da marca 100% Alto Minho sendo, portanto, o seu primeiro Embaixador. Esta nomeação surge na sequência da visita que SS. AA. RR., os Duques de Bragança, efectuaram ao Alto Minho nos passados dias 7, 8 e 9 de Junho, inserida na iniciativa Portugal Real 100% Alto Minho, que foi uma organização da Real Associação de Viana do Castelo, Associação Empresarial de Viana do Castelo, Real Associação de Braga e CEVAL. (Real Associação de Viana do Castelo) Os benefícios de um Real patrocínio! No seguimento dos festejos "Portugal Real - 100% Alto Minho", organizados pela Causa Real e pela Associação Empresarial de Viana do Castelo, a CEVAL - Confederação Empresarial do Alto Minho convidou o Duque de Bragança a ser o primeiro embaixador da marca 100% Alto Minho, que S.A.R. prontamente aceitou. Os nossos parabéns à CEVAL, com quem partilhamos a certeza de que esta Chancela Real trará claros benefícios para a sua marca, e para os produtos e a região do Alto Minho. (Causa Real) ___________________________________________________ As palavras que citei acima foram profusamente difundidas nas páginas “Facebookianas” ligadas à Monarquia e, mais insistentemente, aos apoiantes de Dom Duarte, putativo pretendente ao trono de Portugal (putativo porque em República não há rei, nem há como reunir legitimamente Cortes que o aclamem como tal, goste-se ou não disso). Mas o que interessa para esta intervenção é o seguinte: Estando Portugal numa situação deveras constrangedora e com a sua população aberta a outras alternativas (entre elas a monarquia), assistimos a um incomodativo silêncio por parte das “facções monárquicas” que (aparentemente) ansiavam há longos anos por um momento propício para a reposição da “legalidade monárquica”... É certo que todos sabemos que a personalidade simpática de Dom Duarte lhe retira o carisma da liderança, tão necessário para promover uma reviravolta de regime. Mas a promoção de uma campanha de marketing (que seguramente vai render a Dom Duarte algum dinheiro que - como a todos nós - lhe faz falta para manter a "imagem" e, quiçá, resolver alguns "assuntos pendentes") que vai fazer do pretendente ao trono alguém parecido a um Cristiano Ronaldo (salvaguardando-se os valores da conta bancária de cada um) pode retirar-lhe a idoneidade e a equidistância necessárias a alguém que quer ser rei (ainda que putativo), pois quem quer ser rei deve ser o sublime embaixador do seu país, de um país onde se inserem harmoniosamente todas as confrarias, regiões, usos e organizações. Realmente, algumas vezes não consigo compreender as “contradições” de alguns monárquicos e suas instituições! Abel Guedes Ferreira
Posted on: Fri, 06 Sep 2013 13:15:51 +0000
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