Por falar das queixas dos médicos brasileiros contra seus colegas - TopicsExpress



          

Por falar das queixas dos médicos brasileiros contra seus colegas cubanos, me lembrei de uma história familiar: 30 anos atrás, um médico do Hospital Universitário em Natal disse-me não ter tempo para atender minha filha que tinha tido convulsão de madrugada. Desesperado e sem ver outra saída, falei para ele que a consulta seria particular. Atendeu na hora. O desgraçado (e vcs vão já entender o elogio), passou Gardenal para minha filha com 3 anos de idade. Disse-me também que ela deveria tomar continuamente aquele remédio pelo menos até os 10 anos de idade. Paguei e fui embora com raiva dele, pelo comportamento claramente mercantilista, e também com uma dor no coração pela situação de minha filha. A consulta havia durado praticamente o tempo do meu relato, cerca de 5 minutos. Passei um dia apenas ministrando o medicamento. No segundo dia, colérico, peguei o vidro de Gardenal e arrebentei contra o muro do meu quintal. Havia compreendido que aquele remédio seria a destruição física de minha filha (única até hoje). Resolvi fazer um tratamento homeopático com minha filha que durou cerca de 6 meses e ela nunca mais apresentou aquelas convulsões febris. Muitos anos depois tivemos que viajar pois eu iria fazer um estágio fora. Ao voltarmos, minha filha já estava com 16 anos, terminava o secundário e iria no final do ano fazer vestibular. Como a casa estava bagunçada, contratei um eletricista para ajeitar a instalação elétrica. Na hora do almoço conversávamos eu e o eletricista, quando lhe perguntei: Você tem filhos? Ele me disse sim, tenho 3, dois filhos e uma filha. Eu então indaguei sobre a escola deles, se estavam estudando, etc. Ele me disse que os filhos estavam muito bem nos estudos. No entanto, a filha tinha 16 anos, mas nunca conseguiu passar do segundo ano. Completei, a idade da minha! e lhe perguntei: O que aconteceu? Ele falou que ela tinha tido convulsão na infância e tomou Gardenal durante muitos anos. Creio que o remédio afetou a cabeça dela, concluiu. Fiquei chocado. Terá sido o mesmo médico ou um de seus ex-alunos no hospital universitário? Vejam a diferença que faz a educação: Ao ler a bula destruí o remédio e sai fora da alopatia para tratar o problema de convulsão da minha filha. O eletricista, uma pessoa humilde e claramente de baixo nível de escolaridade, acreditou no médico como se fora um Deus, sacrificando sem querer a vida da própria filha. Falei sobre os males do Gardenal. Mas creio que não tive coragem de dizer para ele o que tinha feito no meu caso, pois certamente iria se culpar e talvez se considerar o carrasco da própria filha. Minha filha hoje é doutora em relações internacionais. O que os fatos descritos acima tem a ver com os médicos cubanos? Bem, é claro que temos também bons médicos no Brasil. Não podemos, apesar de inúmeras histórias como essa, acreditar que o comportamento do médico relatado acima (cujo nome não me lembro) seja o normal da profissão. Nesse sentido, poderíamos até criar uma página no Face para relatos de comportamento médico em nosso país, já que os conselhos regionais de medicina são extremamente corporativistas e praticamente não existe punição para erros médicos - a não ser talvez em casos extremos e, em geral, para pessoas de alta renda (envolve advogados, etc.). Voltando aos médicos cubanos, tal como ocorre com a ciência, creio que a convivência com os nossos profissionais seria extremamente positiva para ambas as partes. Os cubanos praticam uma medicina mais preventiva, embora a medicina de Cuba (em geral) tenha um bom nível, tanto é assim, que filhos de médicos brasileiros tem se formado lá nos últimos anos. Além disso, por terem nascido em um país socialista, talvez conseguissem mostrar para muitos médicos brasileiros que o mercantilismo em excesso é também uma doença degenerativa muito conhecida, cujo nome popular é: Capitalismo na Veia.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 22:13:20 +0000

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