Por que a igreja existe? Por Hernandes Dias - TopicsExpress



          

Por que a igreja existe? Por Hernandes Dias Lopes Introdução Referência: Jo 4.24 – Ef 4.11-16 – Mt 28.18-20 Por que a igreja existe? Por que nos reunimos aqui domingo após domingo? Por que você está aqui e não assistindo fantástico? Por que lê sua Bíblia e é chamado de crente? A igreja é importante? Qual é sua missão? Qual é seu propósito? Precisamos saber quem somos para sabermos o que fazer? I. EM RELAÇÃO A DEUS A IGREJA EXISTE PARA ADORAR 1°. Adoração é a maior missão da igreja A igreja é uma comunidade adoradora. A maior missão da igreja não é fazer missões, mas adorar a Deus. Deus e não o homem é o centro de todas as coisas. Missões existem para salvar um povo que adora. 2°. Adoração é centrada em Deus Apocalipse descreve a igreja adorando aquele que está assentado no trono: ele é soberano, santo e tem as rédeas da história nas mãos. Apocalipse descreve a igreja adorando o Cordeiro que foi morto. Ele é o leão da tribo de Judá. Ele venceu para abrir o livro e seus sete selos. 3°. Adoração tem a ver com conteúdo e não com forma Não temos uma forma litúrgica na Bíblia. Temos, sim, o povo de Deus adorando a Deus com sinceridade, verdade, alegria. O culto não é um show nem um funeral. O culto não é uma apresentação para ser visto pelos homens (fariseu no templo orando). 1. Jesus diz para a mulher samaritana que o que adoração não é: a) Não é adoração centrada em lugares sagrados (Jo 4.20) – Não é neste monte nem naquele. Não existe lugar mais sagrado que outro. Não é o lugar que autentica a adoração, mas a atitude do adorador. b) Não é adoração sem entendimento (Jo 4.22) – Os samaritanos adoravam o que não conheciam. Havia uma liturgia desprovida de entendimento. Havia um ritual vazio de compreensão. c) Não é adoração descentralizada da pessoa de Cristo (Jo 4.25-26) – Os samaritanos adoravam, mas não conheciam o Messias. Cristo não era o centro do seu culto. Nossa adoração será vazia se Cristo não for o seu centro. O culto não é para agradar os homens. A música não é para entreter. A verdadeira música vem do céu e é endereçada ao céu cf. (Sl 40.3). ‹‹E pós um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR›› (Sl 40.3) 2. Jesus diz para a mulher samaritana o que a adoração é: a) A adoração precisa ser bíblica (Jo 4.24) – O nosso culto é bíblico ou é anátema. Deus não se impressiona com pompa, ele busca a verdade no íntimo. b) A adoração precisa ser sincera (Jo 4.24) – Ela precisa ser em espírito, ou seja, de todo o coração. Precisa ter fervor. Não é um culto frio, árido, seco, chocho e sem vida. Princípios bíblicos para o adorador: 1. O adorador precisa entender que a sua vida é a vida da sua adoração - Não está procurando adoração, mas adoradores que o adorem em espírito e em verdade. - A prática da adoração está enraizada na vida do adorador. - A prática da adoração jamais poder ser divorciada da pessoa do adorador. Exemplo: Caim – Deus rejeitou a vida de Caim antes de rejeitar a oferta e o culto da Caim. Se a nossa vida não estiver certa com Deus, o nosso culto será uma ofensa a Deus. Isaías 1.14 – “As vossas festas de lua nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer”. E. M. Bounds disse: “Nós estamos procurando melhores métodos, enquanto Deus está procurando melhores homens. Deus não unge métodos, Deus unge homens”. Não é a grandes talentos que Deus usa, mas a homens piedosos – Vocês são as suas próprias ferramentas. Mantenham-nas afiadas. Mantenham sempre vestes alvas e tenham sempre óleo fresco sobre a cabeça. 2. O adorador precisa entender que a adoração não é uma questão de performance (desempenho) diante dos homens, mas de sinceridade diante de Deus. O profeta Isaías levantou a sua voz em nome de Deus e disse: “Este povo me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.” Davi compreendeu que Deus procura a verdade no íntimo. Exemplos: 1°) Hofni e Finéias – Trouxeram a Arca da Aliança para o acampamento, símbolo da presença de Deus e mesmo assim, o povo foi derrotado. 2°) Amós 5.21-24 – Deus disse: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene”. 3. O adorador precisa entender que um culto ainda que ortodoxo divorciado da vida cotidiana não agrada a Deus. Culto sem conexão com a vida diária é entretenimento espiritual. O apóstolo Paulo diz que o culto racional não é apenas um tempo de louvor e de ministramos que temos na igreja, mas a oferta do nosso corpo a Deus na dinâmica da vida (Rm 12.1). O profeta Jeremias denunciou o perigo de uma reforma externa sem uma transformação interna e a falsa confiança no templo, no culto, na liturgia. Jeremias 7.1-15 4. O adorador precisa entender que se Deus não for honrado no culto, ele é tempo perdido O profeta Malaquias fala dos sacerdotes que não honravam a Deus. Eles desprezavam o culto. Eles não ofereciam o seu melhor. Eles faziam a obra do Senhor relaxadamente. cf. (Jr 48.10) Deus aconselhou no caso a apagarem o fogo do altar e a fechar a porta da igreja. Estavam perdendo tempo. A quem estamos honrando quando cultuamos: a nós mesmos ou a Deus? Tocamos e cantamos porque gostamos, ou o fazemos para glorificar aquele que é digno? O fariseu gostava de cantar QUANDO GRANDE ÉS TU diante do espelho. Ilustração: Magready, o ator inglês e o pregador. O ministro de música de ONURI. II. UMA RELAÇÃO A SI MESMA, A IGREJA EXISTE PARA TREINAR OS CRENTES – Ef 4.12-16. Lutero proclamou o sacerdócio de todos os crentes, mas 500 anos depois a estrutura das igrejas negam isso. Precisamos de uma nova reforma para devolver aos leigos a sua função de ministros da reconciliação. O leigo é o melhor e maior potencial da igreja. O crescimento espantoso da igreja na Coréia se deve ao treinamento dos leigos para testemunharem. A igreja de Deus não é apenas uma multidão, mas um corpo bem coordenado, onde cada um exerce sua função e cresce em maturidade. A igreja existe para nutrir e treinar os crentes. Este é o ponto central da doutrina de Calvino sobre a igreja. Por isso ficar fora da comunhão da igreja é como entregar uma pessoa a Satanás. A comunhão da igreja nos protege. Deus deu pastores à igreja como mestres (Ef 4.11), a Bíblia como o conteúdo do ensino (2Tm 3.16,17), e um modelo excelente como método de ensino (Cl 1. 28,29). Há, porém, alguns exemplos distorcidos do que é a igreja: 1. A igreja creche – É a igreja onde os crentes são bebês, crianças espirituais que não demonstram maturidade. Uma criança é instável. Uma igreja é centrada em si mesma. Uma igreja tem uma compreensão limitada. Uma igreja depende dos outros para cuidar de si mesma. 2. A igreja Apae – Esta é a igreja aonde os crentes com dez anos ainda tomam mamadeira. O crescimento é retardado. 3. A igreja desnutrida – Uma igreja que come apenas uma vez por semana fica desnutrida. 4. A igreja flácida – Uma igreja que come e dorme; come e não faz exercício torna-se flácida espiritualmente. Não tem músculos. Não tem resistência espiritual. Maturidade não é conhecimento. Maturidade é vida, é caráter transformado à imagem de Cristo. 5. A igreja colônia de férias – O lugar onde gostamos de ir quando não temos uma coisa mais importante para fazer. 6. A igreja platéia – Um lugar aonde vamos para assistir o que acontece. Somos apenas platéia. Assentamo-nos, assistimos e vamos embora sem nenhum envolvimento. 7. A igreja clube – Um lugar onde pagamos nossa cota, para que tenhamos um ambiente limpo, gostoso e confortável. Lugar onde gostamos de ir com a família ter um tempo agradável e edificante. A igreja não é uma praça de entretenimento espiritual. 8. A igreja não é um prédio onde nos reunimos – Depois que o véu do templo se rasgou de alto a baixo, sempre que o novo testamento se refere ao templo de Deus está falando do nosso corpo. Agora somos nós e não um prédio que é cheio do Espírito Santo. O que é a igreja? 1°. A igreja é um corpo – que tem muitos membros. Cada membro exerce o seu trabalho, sua função. Mesmo os membros que não aparecem, têm uma função fundamental para a saúde do corpo. Três coisas são importantes aqui: a) Unidade – Os membros são diversos, mas há um só corpo. Estamos todos ligados à mesma cabeça. b) Diversidade – Nós somos diferentes uns dos outros, mas pertencemos ao mesmo corpo. c) Mutualidade – Há dois perigos: complexo de superioridade e complexo de inferioridade. 2°. A igreja um corpo de leigos treinados para servir uns aos outros – Efésios 4.11-18 Hoje a igreja tem pastores que são vocacionados e treinados para fazer o trabalho. Mas o papel dos líderes é treinar os santos para o desempenho do ministério. Somos todos sacerdotes reais. Precisamos de uma nova reforma, onde todos os crentes possam ser treinados para o serviço. Jesus investiu a maior parte do seu tempo treinando os doze discípulos – A igreja não é uma massa de pessoas; ela é a comunidade dos discípulos, ou seja, de pessoas treinadas para servir uns aos outros. Discipulado não é conhecimento, é vida, é caráter – Estaremos enganados se pensarmos que esse treinamento é apenas transmissão de conhecimento. Poderemos ter muitos estudos bíblicos e conhecermos profundamente a teologia e não sermos treinados para o serviço. Maturidade é vida. Quando Jesus mandou fazer discípulos disse que devemos ensinar a guardar. Crescimento numérico sem vida não é crescimento saudável da igreja – A expansão contínua das igrejas sem ensino profundo enfraquecerá as igrejas no futuro. Precisamos evitar dois extremos: numerolatria e numerofobia. III. EM RELAÇÃO AO MUNDO A IGREJA EXISTE PARA TESTEMUNHAR – At 1.8; Mt 28.18-20. 1°. A maioria dos crentes não sabe o que é testemunhar Apenas 5% dos crentes já levaram uma pessoa a Cristo. Atos 1.8 – Quando os crentes são revestidos com o Espírito Santo, eles recebem poder para testemunhar. Não apenas os apóstolos testemunhos, mas todos os crentes. Atos 8.1-4 os crentes foram pregando a Palavra. Os crentes é que estão envolvidos com os descrentes todos os dias e são eles que devem testemunhar. a) A igreja como sal – Influência invisível. b) A igreja como luz – Influência visível. c) A igreja como perfume – Influência notada. 2°. A evangelização é resultado da apostolicidade da igreja toda O trabalho de testemunhar não ficou limitado aos apóstolos. A igreja toda é herdeira dos apóstolos no sentido de dar continuidade à missão apostólica, ou seja, pregar o evangelho até os confins da terra. Estevão e Filipe eram diáconos, mas tornaram-se pregadores ungidos. O povo todo ao ser disperso, ia pregando a Palavra. Isaías 44.5 fala do compromisso de todo aquele que foi revestido com o poder do Espírito de falar e viver. Philip Schaff, historiador da igreja afirmou: “Não havia sociedades missionárias, nem instituições missionárias, nenhum esforço organizado nos três primeiros séculos; e em menos de 300 anos a população toda do império romano, que representava o mundo civilizado, foi nominalmente cristianizada. Cada congregação foi uma sociedade missionária, e cada cristão um missionário inflamado pelo amor de Cristo para converter seu amigo. Cada cristão contou a seu próximo, o trabalhador ao seu companheiro de trabalho, o escravo a seu amigo escravo, o servo a seu mestre e mestra, a história da sua conversão, como um marinheiro conta a história do resgate de um naufrágio”. a) Tarefa imperativa – É ordem. A história do Sr. João que evangelizou duas tribos da Amazônia. b) Tarefa intransferível – O anjo pergunta a Jesus. Alexandre Duff, missionário presbiteriano escocês na Índia. c) Tarefa impostergável – O índio pergunta: Por que você não veio antes? 3°. Fazer discípulos é a essência da grande comissão – Mt 28.19 a) O discipulado é dinâmico – Indo b) O discipulado é prático – ensinando a guardar c) O discipulado é integrador – batizando. 4°. O lar deve ser o centro nevrálgico do testemunho do evangelho A igreja primitiva não tinha templos. Ela crescia através de suas reuniões nos lares. O lar dos crentes eram congregações, onde o evangelho era vivido e testemunhado com poder. Paulo testificava de casa em casa. Todas as igrejas que crescem saudavelmente têm voltado sua atenção para o ministério leigo e para o testemunho e nutrição dos crentes em grupos pequenos. CONCLUSÃO: . Para que a sua igreja existe? . Para que você existe? . Adoração, treinamento e testemunho não podem viver separadamente.
Posted on: Mon, 07 Oct 2013 21:41:15 +0000

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