Por que amar? Dizem que o amor não se explica, não se define e - TopicsExpress



          

Por que amar? Dizem que o amor não se explica, não se define e nem se descreve, apenas se vive. Será? Sinceramente eu não sou adepto desta expressão e não concordo em absolutamente nada com ela. Mas, eu não poderia contrariar uma definição tão divulgada e aceita por uma grande maioria sem apresentar a minha teoria para tal contrariedade. Então, antes de julgarem minha posição, procurem acompanhar minha simplória explicação: O Homem nasce e cresce acreditando que o amor é o maior de todos os sentimentos e o mais nobre de todos os atos. Disso eu não discordo. Porém, quem já provou deste amor e quem já praticou este tão solene ato de forma pura, verdadeira e sem nenhum tipo de intenção secundária, seja qual for? Claro que refiro-me a um amor entre um homem e uma mulher analisando pelo lado carnal do sentimento e não o amor entre mãe e filho ou de irmãos, estes são inerentes ao Homem. Ora, se o amor não se explica, por que buscamos tantas explicações para o que os outros sentem, para o que sentimos? Por que perguntamos tantas vezes, ironicamente, “por que você ama alguém como eu?” ou, quando estamos inexplicavelmente furiosos com alguém que ‘amamos’, dizemos “por que eu amo alguém como você?”. Pensei que o amor não exigisse explicações, que tudo fosse uma questao de “te amo porque te amo, só isso”. Bom, possivelmente irá aparecer alguns futuros comentários dizendo: “ah, eu amo de forma pura, jamais trai o meu amor”, então, se alguém comentar algo de tal tipo, por favor, digam se continua com o seu “amor”, com o seu amado e se, antes desse ‘amor’, já o tivera sentido por outro. Ah, mas não se expliquem muito, pois o amor dispensa explicações. Amor não se define também, certo? Fico imaginando como deve ser ruim sentir algo que não podemos nem ao menos definir – e se não sabemos definir, como sabemos que é amor? Não poderia ser ódio, admiração, atração, desejo etc.? – que não podemos conceituar com convicção sem medo de estar sendo enganado por uma armadilha do coração. Imaginem alguém que se relaciona com você (um namorado, noivo, marido e vice-versa) um dia, em um momento especial, olha em seus olhos e diz: “eu não sei definir o que sinto, mas a amo”. Que segurança isso lhe passaria? Ah, não sei você, mas eu prefiro algo do tipo: “eu a amo porque você me faz sentir um homem completo, porque o que sinto é forte e o defino como indestrutível, inabálavel. A amo porque você simplesmente é a única que me faz ser quem sou e como sou e cada vez de forma melhor” – e você? Prefere um amor sem definição? E quanto a descrição? Eu gosto de amor descrito de A a Z, mas claro que não abro mão dos mistérios, dos enigmas e das delícias de se descobrir com quem convivemos, mas isso não necessariamente dispensa o ato de termos um amor descrito, narrado todas as manhãs ao acordarmos e vermos aquele rosto angelical ao nosso lado, dividindo a mesma fronha, o mesmo lençol. O amor se vive? Sim, claro! Mas eu sou do tipo que vive intensamento o que se pode conceituar, definir e descrever. Vivo um amor conceituado como verdadeiro, definido como único e descrito como sólido. Por que amar? Por que adoro coisas verdadeiras, únicas e sólidas!
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 08:38:52 +0000

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