Por que estou no PSTU? Amigos, no momento, nós profissionais de - TopicsExpress



          

Por que estou no PSTU? Amigos, no momento, nós profissionais de educação do Rio de Janeiro, estamos arrancando muitas vitórias contra o governo Paes. Esse arrogante governo nos ameaçou com corte de ponto, demissão dos servidores em estágio probatório, afirmou que não sentaria para negociar com o SEPE, mentiu...enfim, usou de todos os meios para tentar desmobilizar a greve. Mas o movimento sabia o que queria, e não recuou. Há muitos anos não tínhamos uma greve tão forte como essa. Já temos muito o que comemorar com a greve, sendo que o mais importante foi ter recuperado nossa dignidade. Além disso vimos que a categoria levantou a cabeça e percebeu que é mais forte do que se imagina. Desse momento em que o governo acena para conceder algumas questões trabalhistas, aumento de 8 % em cima do salário base, plano de cargos e salário unificado, equiparação entre o PI 40 horas e o PII 40 horas, entre outras questões, queria fazer algumas reflexões. Ganharemos alguns reais a mais no salário, ótimo; mas em seguida a inflação irá levar boa parte dessa conquista. Sobre as questões pedagógicas, como falta de autonomia e a meritocracia abre um debate sobre a política educacional do governo federal. A política educacional do governo federal é a base para as prefeituras implementarem suas políticas. Ou seja, se vivemos com a falta de autonomia pedagógica e meritocracia é porque essa política está de acordo com a proposta do governo PT, pois a partir da implementação da política de "medição" da aprendizagem através do IDEB, o governo federal impôs um modelo educacional para todo o país. O que é a Prova Brasil? Essa é já é uma imposição pedagógica e uma interferência clara na autonomia do professor feita pelo governo federal. O governo federal determinou os descritores, ou seja, disse o que os alunos precisam aprender. Deste modo, os municípios iniciaram uma corrida para a adequação das suas políticas à do governo federal, na qual temos transformado nossas escolas em cursos preparatórios para as avaliações externas. Nós professores nos transformamos em repetidores dos conhecimentos, sem autonomia, sem dignidade e alienados do saber. Nossos alunos viraram números e estatísticas. Para eles são negados muitos conhecimentos, pois educar é muito mais do que transmitir conhecimentos. No Rio, por exemplo, os alunos não APRENDEM história e geografia, pois esse conhecimento é julgado menos importante. Mas como assim? O governo federal não avalia essas áreas do conhecimento. A Prova Brasil "mede" os conhecimentos apenas nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências. Então como os municípios seguem a política do governo federal, o Rio "excluiu" essas disciplinas. O professor tido com elemento base para transformar a sociedade se transformou num prisioneiro repetidor de meterias elaborados por aqueles que se julgam mais capazes e iluminados. Então podemos perceber que os governos municipais são aliados e defensores da mesma política do governo federal. São todos iguais. O que Eduardo Paes/Costin implementam é uma política neoliberal para a educação direcionada pelo MEC. Para atender a política educacional do governo federal o município do Rio de Janeiro aprofundou na proposta neoliberal: implementou um modelo de apostilamento, meritocracia, compra de pacotes "pedagógicos de fundações tipo Sangari, Ayrton Senna, Cultura Inglesa, entre outros. Para derrotar toda essa política que está sendo aplicada pelo governo Eduardo Paes, Sérgio Cabral e o governo Dilma temos que fortalecer a luta, pois a greve na rede municipal e estadual não será capaz, sozinha, derrotar essa política. Para isso, eu defendo que tenhamos um partido que consiga organizar a luta da classe trabalhadora contra os ataques na educação e em nossos direitos. Por isso estou no PSTU. Um partido socialista, revolucionário e de luta. Não basta lutar contra Costin, temos que lutar contra o Mercadante, Ministério da Educação. Para avançar na luta temos que ter nos organizar em um partido revolucionário. Volto ao PSTU, pois sou professor, militante e socialista.
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 23:56:00 +0000

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