Portabilidade imobiliária segue sem regulamentação Consumidor - TopicsExpress



          

Portabilidade imobiliária segue sem regulamentação Consumidor ainda utiliza pouco o serviço, que permite transferir o financiamento para bancos mais vantajosos Criado há sete anos, o regime de portabilidade do crédito imobiliário ainda não decolou. O instituto, que permite ao mutuário transferir seu financiamento para outros bancos que lhe ofereçam taxas mais vantajosas, segue sem uma regulamentação clara, o que acaba desestimulando a migração por parte dos consumidores. "A portabilidade causaria uma grande concorrência no setor bancário, o que não é interessante para eles. Imaginemos que eu faço um financiamento com a taxa de juros atual, que é de 8,25%, e outra instituição financeira me envia uma carta afirmando que pode fazer por 7,8%. Para mim seria sensacional, pois ficaria com uma prestação mais barata, mas aquele banco que perdeu o cliente não ia gostar muito", explica o presidente do Secovi-CE, Sérgio Porto. Outros entraves Outro fator que leva o banco a criar dificuldades para a liberação do cliente-mutuário para outra instituição financeira é a característica do crédito imobiliário, amarrado a um contrato de longo prazo em que o custo operacional é diluído, mensalmente, ao longo de muitos e muitos anos. A migração significa também um movimento que vai em direção contrária ao princípio de fidelização de clientes, um das atratividades embutidas na concessão de financiamento imobiliário. Por anos a fio, o mutuário permanece não só devedor, como também consumidor rentável de outros serviços e tarifas bancárias no banco onde obtém o crédito habitacional. Para deslanchar Para tentar fazer a portabilidade do crédito imobiliário deslanchar, técnicos do governo e do Banco Central estudam a regulamentação de alguns pontos, que passarão depois pelo crivo e aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Uma das propostas em estudo é a criação de uma tarifa a ser paga ao banco originador do crédito imobiliário pelo novo banco para onde o financiamento está sendo levado. O objetivo é evitar o assédio de um banco sobre o mutuário que já obteve o crédito em outro. Outra sugestão prevê a permissão para que o banco originador tenha acesso às condições ofertadas pelo concorrente para fazer uma contraproposta e tentar reter o mutuário. "O mercado não aceita que essa regulamentação demore ainda mais, pois isso ajudará a fomentar os negócios. A portabilidade da telefonia já ocorreu e a dos bancos precisa alavancar", diz Porto. Fonte: Diário do Nordeste
Posted on: Sat, 14 Sep 2013 17:33:04 +0000

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