Prezados Senadores. Ouvi atentamente os vossos discursos de preocupação e respeito à fala do Brasil por meio dos nossos movimentos públicos. Acredito ser pertinente vos falar sobre a nossa dor, utilizando os tópicos principais explorados na vigília do Senado composta por apenas cinco senadores que me pareceu suprirem a ausência de todos os demais. Notei um pequeno equívoco quando vossas excelências se reportaram ao movimento como sendo uma manifestação apenas de jovens. Eu tenho 54 anos e ainda não encontrei ninguém com a minha idade ou mais, que não ache justa toda manifestação que está ocorrendo nas ruas do Brasil. Dito isto, passo a discernir acerca dos tópicos abordados na vigília, que seja enfatizado, vigília de 5 senadores em um momento de crise social e institucional. A REVOLTA – Tópico exemplificado nos discursos pela quebra das vidraças do Itamarati e de patrimônios públicos. Temos que visualizar a clareza de cada ato. O alvo da revolta, conforme ficou claro para o senador Cristovam Buarque, é a classe política. O que se deve entender é que não se compreende e não se aceita o custo, o enriquecimento e a demagogia das pessoas públicas eleitas porque o sistema eleitoral canaliza votos para oligarquias escondidas nas siglas que se dizem partidárias. Como aceitar a falta de gerenciamento das coisas públicas numa nação em que um Senador custa mensalmente mais de 4 milhões de reais para, entre outras coisas, legislar e não o faz para o povo nem com a clareza necessária. Fazer leis dúbias, leis que podem ou não pegar e leis para se interpretar quando deveria ser para se cumprir? Claramente a ação da massa popular, é uma reação à violência que se sente pelos atos e omissões dos que representam os poderes constituídos. Temos que entender que as várias e inúmeras violências impostas ao povo de forma indefensável só pode gerar uma grande reação de revolta. Não viola e coloca em risco a integridade física das pessoas os atos e manobras legislatórias fisiológicas? Os representantes do poder público só fala pelo Estado, quando se sentem ameaçados como instituição. Deveria defender o Estado no momento em que fosse a favor da nação. Entenda Nação O POVO BRASILEIRO, O CIDADÃO. A PEC 37 – Retira atribuições do Ministério Público Não precisa ser um profundo causídico para entender que esta PEC, é imoral, fisiológica, infundada e mancha com sangue a nossa Constituição e a dignidade das pessoas. Como aceitar que um representante público, detentor do poder de influenciar instituições, como mandatário concedido pelo voto, mesmo com os limites impostos ao eleitor, pelas leis eleitorais, que se diga de passagem, leis essas formuladas por este mesmo congresso, tenha a impáfia de se sobrepor às limitadas ferramentas de se conseguir justiça e impedir a corrupção. Isto não seria legislar em causa própria e contra o povo e a nação? Isto não é afrontar a dignidade e a inteligência das pessoas? Fazemos aqui uma alusão ao episódio em que senadores, na ânsia de limitar a postulação de elegibilidade de concorrentes, provocaram os ministros do STF, se dando o direito de decidir sobre decisões do STF. A Saúde – Gestão de recursos financeiros e pessoas Não existe um ponto de atendimento de saúde publico em que não faltem médicos, medicamentos, leitos, equipamentos, etc.. Na verdade, percebemos que não adianta colocar dinheiro, pois o que realmente acontece é que os profissionais contratados são na grande maioria indicação de padrinhos políticos. Não comparecem ao trabalho, tratam mal e com desdenho as pessoas que ali chegam sofrendo, procurando ajuda para si ou para os seus. Percebe-se que em muitos casos, pessoas ali colocadas para gerenciar ou trabalhar, utilizam o aparelho público para se beneficiar financeira e politicamente. Parece ser uma estrutura montada para fraudar a revelia de quem sofre. Saúde pública é um caso de polícia. Se fossem infiltrados agentes da ABIN em todos os órgãos públicos de saúde, incluindo-se aí os hospitais e urgências, com certeza o número de prisões seria imenso, podem se ramificar para cima ou para baixo na hierarquia funcional. A quem convém essa situação? A Educação – Estado ausente injusto coma maioria Não existem condições físicas que mereçam ser reconhecidas como escolas. Não existe formalidade padrão nacional de educar. Não existem professores remunerados e preparados com seriedade. Merendas são desviadas e estragadas. Material escolar sem qualidade. A escola tem que ser em período integral. As escolas devem ter agentes educadores específicos para sempre localizar os alunos ausentes. O Estado tem que ter instrumentos legais para punir o aluno que faltar às aulas sem justificativa. Segurança – Impunidade e Policiais Mal Pagos A legislação criada pelo Congresso Nacional é complacente, de forma a ser conivente e cúmplice dos criminosos. Estamos cansados de sermos culpados por recebermos tiros de bandidos em assaltos e latrocínios. Entendemos que não temos o direito de impedir o direito da ação do bandido em agir conta nós. Entendemos que cadeia é para penalizar mesmo. O criminoso tem que ser preso e cumprir sem atenuantes ou direitos condicionais, a sua pena. Devido falta de aparelhamento do Estado, se criam tantas leis atenuantes que juízes chegam a aplicar indultos aos piores criminosos. Verdadeiros monstros que ao saírem da prisão cometem os piores crimes. O estado tem que, nas prisões impor regras, horários e ocupações. Todos nós sabemos que o tráfico de drogas é o principal fator de geração da violência, desgastando indivíduos, famílias e a sociedade. Porque o Estado não acaba com os traficantes? Todos sabemos que o Estado tem aparelho para isso. Crime de Corrupção – Isto tem que ser CRIME HEDIONDO, para o ativo e o passivo, pois milhões são sacrificados por uma ação corrupta. Ninguém pode ter foro privilegiado. Não pode haver segredo de justiça, caso não haja investigação em andamento. Acredito e entendo, pelo que estou assistindo via TV SENADO, que estou colaborando com a clareza das coisas. Marcelo Franklin Olinda-PE
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 01:11:17 +0000
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