Protocolo da Dor minimiza sofrimento de pacientes do Hospital - TopicsExpress



          

Protocolo da Dor minimiza sofrimento de pacientes do Hospital Estadual GERAL Wagner Teodoro O Hospital Estadual de Bauru (HE) adotou, desde o início do ano, iniciativa que segue critérios internacionais para prevenir a dor nos pacientes internados. O projeto “Protocolo da Dor” define a dor como o quinto sinal vital e busca minimizar ou prevenir completamente a dor como maneira de garantir a efetividade do serviço de assistência. Na região, o HE é pioneiro na implantação do quinto sinal vital, semelhante a hospitais consagrados como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Hospital de Clínicas de Botucatu, que consideram fundamental a padronização do tratamento da dor, segundo a assessoria de imprensa da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp), que administra o HE. “O tratamento da dor é um assunto atual de grande relevância, pois vem ao encontro da melhora da qualidade de vida da população, já que este sintoma prevalece em 70% das pessoas que procuram um serviço de saúde”, afirma a médica anestesiologista Patrícia Gomes da Silva, especialista em dor, pela assessoria da Famesp. O protocolo da dor “Não é preciso deixar a dor aparecer para medicar, não é esse o procedimento”, afirma gerente de enfermagem, Maria Valéria Pereira. Este é o mandamento fundamental do Protocolo da Dor. Trata-se de acabar com a aceitação de que quem está internado sente dores. O projeto tem diretrizes rígidas para o bem-estar dos pacientes e a melhora na recuperação. “Com o quinto sinal vital, a dor é avaliada a cada seis horas e todas as vezes que o paciente solicitar, em relação à localização, característica e intensidade. Antes da implantação do protocolo, acreditava-se que sentir dor era normal e o paciente esperava que a dor ficasse insuportável para solicitar a medicação, demorando mais tempo para alcançar o alívio”, relata a anestesiologista Patrícia Gomes da Silva. De acordo com a médica, hoje o paciente é orientado, desde a internação, quanto à avaliação da dor, já sabendo que será medicado sempre que for necessário. “O que o deixa mais confiante e tranquilo”, considera. Pereira explica que a dor é avaliada e a medicação administrada de acordo com uma escala pré-definida. “Existe uma escala gra- A partir da esquerda, a enfermeira Renata Cássia da Mata, a médica anestesiologista Patrícia Gomes da Silva, especialista em dor, e as enfermeiras Maria Valéria Pereira e Silvana Aparecida Novelli, autoras do Protoloco da Dor implantado no Hospital Estadual de Bauru é desenvolvido e implantado no HE por uma equipe multidisciplinar, com participação de Silva e enfermeiros das unidades Centro Cirúrgico, Tratamento de Queimados e Clínica Cirúrgica. Diante dos altos índices de dor pós-operatória, a Joint Commission International, organização norte- -americana de acreditação hospitalar, passou a certificar as unidades de saúde que avaliam a dor com a mesma seriedade e competência que os outros quatro sinais vitais (pressão arterial, pulso, frequência respiratória e temperatura), o chamado quinto sinal vital. “O que as instituições ainda não conseguem é implantar o protocolo da dor como direcionador para que se elimine o estresse do paciente e você consiga qualificar a assistência prestada”, avalia Maria Valéria Pereira, gerente de enfermagem do HE. É justamente para sanar a deficiência detectada que o Protocolo da Dor foi instituído no Hospital Estadual e tem resultados animadores. Até o momento, de acordo com Silva, a experiência mais significativa ocorreu na Unidade de Tratamento de Q u e i m a d o s , onde a adesão da equipe foi imediata, refletindo a real n e c e s s i d a d e do setor. “Não é difícil imaginar as dores sofridas pelos pacientes vítimas de queimadura. É muito gratificante saber que atualmente não há mais gritos e gemidos nesta unidade”, comemora a médica. “É a realização de um sonho para mim e para A eliminação da dor evita o estresse do paciente e melhora a assistência prestada a ele no hospital Sentir dor não é normal dativa da intensidade da dor e, quando você avalia esta dor, atua mediante a uma terapêutica”, relata. Pelo protocolo, as medicações são prescritas de acordo com a possibilidade de queixa álgica e, mesmo que o paciente sinta dor, esta é tratada de forma mais eficaz. “Como resultado, temos redução da restrição ao leito e das complicações pós-operatórias, otimização do trabalho da enfermagem, alta precoce e diminuição do custo hospitalar”, ressalta Silva. A médica esclarece também que a implantação do protocolo reduziu a incidência de reinternações e de dores crônicas. (WT) todos os funcionários que lidam com o sofrimento humano”, aponta. Pereira explica que o protocolo previne o estresse dos pacientes queimados, o que auxilia na recuperação. “Um paciente queimado, por exemplo, que vai fazer um curativo, é um paciente que vai ter uma dor intensa. Então, existe um preparo antes para que ele não sinta dor. Não precisa esperar a dor aparecer”, destaca Pereira. “O paciente não estressa na hora de fazer um curativo”, acrescenta. O protocolo da dor começou a ser implantado no HE em novembro de 2012 nos setores cirúrgicos, onde atualmente 100% dos pacientes são avaliados. A estimativa é de que até dezembro deste ano todas as unidades de internação sigam o protocolo. Assistência A minimização da dor nas unidades alvo do projeto ajuda também a diminuir o estresse das equipes que atendem aos pacientes alvo do projeto, diz Pereira. “Na unidade de queimados, por exemplo, tínhamos o estresse. Sempre com pacientes no limite da dor. São pacientes que vieram de um trauma. O queimado vem de um acidente de trabalho, uma tentativa de suicídio, um acidente doméstico... Então, são pessoas que já chegam com uma carga de estresse muito grande e, geralmente, são internações longas. Para recuperar este paciente, você precisa diminuir o estresse e uma das maneiras é o Protocolo da Dor”, explica Pereira. “O funcionário que está lá na assistência também é beneficiado por isso. Quando tem o grito da dor, a expressão de sofrimento do paciente, isso gera sofrimento em quem está cuidando também”, considera a gerente de enfermagem. O projeto considera a dor como o quinto sinal vital e visa preveni-la em variados casos Divulgação Arquivo/Malavolta Jr.
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 23:19:50 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015