Provavelmente antes do Doutor Lucio Costa assistir à concretização do seu desenho urbano modernista. Prefiro pensar que ele não sabia a que ponto chegaria o caráter fascistóide desse modelo pensado para uma sociedade sem pobres, sem pedestres. Apartamentos confortáveis, shoppings em sua maioria deficitários, espaço externo inóspito, um fracasso do racionalismo. A partir dos 90, a cafonice pós-moderna melou de vez a paisagem. Árvores? Não, o negócio é fazer pista pra carro. Sinceramente, eu não gostar fica longe de ser o problema, me preocupa a sustentabilidade e me deprime a opressão sentida (na pele) pelo transeunte a pé. Quem vive como se o mundo todo pudesse trafegar pseudo-protegido em veículos com ar-condicionado não percebe essa realidade. O tempo dará as repostas e certamente o modelo fascistóide é adaptável. Ao menos o dimensionamento é correto, admitindo transformações até radicais.
Posted on: Sun, 22 Sep 2013 11:58:28 +0000
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