Publicado por Branca Alves, em 17.07.2013 às 08:13 Por Carol - TopicsExpress



          

Publicado por Branca Alves, em 17.07.2013 às 08:13 Por Carol Brito Da Folha de Pernambuco Estar à frente de uma entidade representante de classe pode ser tarefa árdua, comprometendo o tempo dedicado à família, ao lazer e até ao exercício da atividade profissional. Por que, então, várias lideranças passam mais de dez anos no poder de uma única instituição? O que estaria por trás da ausência de renovação? O comando das entidades pode servir como uma vitrine para prestígio social, influência na sociedade civil, contato com autoridades e até mesmo um trampolim para uma carreira política. As recentes ações do Sindicato dos Rodoviários, lideradas pela oposição ao atual presidente, expuseram a crítica aos dirigentes que, por décadas, ocupam o comando dessas organizações, onde não há alternância de poder. Pernambuco conta com vários casos de líderes sindicais que se perpetuam durante anos no poder. Talvez o caso mais emblemático seja o do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Patrício Magalhães, cuja permanência no cargo vem desencadeando protestos da ala oposicionista Oposição Rodoviária de Verdade CSP-Conlutas, que levou motoristas de ônibus a parar coletivos no Recife, no mês passado. Após 33 anos no comando do sindicato, Patrício começou a enfrentar uma forte oposição, o que levou a uma disputa política. O líder dos antagonistas, Aldo Lima, acusa Patrício de manobras para se manter no poder, como, por exemplo, não divulgar o calendário das eleições e perseguir e alterar na última hora as regras do pleito. Atualmente, o grupo oposicionista se articula para tirar Patrício da presidência e garantir que a próxima eleição do sindicato em 2014 seja feita de forma transparente. Segundo Lima, o atual dirigente impede a filiação dos trabalhadores para não ser derrotado nas urnas. A reportagem tentou contato com Patrício, desde a semana passada, mas ele não atendeu às ligações e nem deu retorno. No comando do Sindicato dos Hoteleiros há 23 anos, Marcos Sérgio afirma que fez um trabalho de organização do órgão e tem receio que a vitória do oposicionista possa “destruir o seu legado”. “Fiz todo um trabalho de reestruturação no sindicato. Quando assumi, estávamos devendo médicos, não tinha assistência médica e conseguimos comprar uma sede própria. Hoje, o sindicato está organizado e não quero deixar para qualquer um que venha destruir isso”, relatou. O ex-presidente do Sindicato dos Metroviários, José Inocêncio, comandou por 20 anos o órgão até um grupo oposicionista interromper a sua trajetória de poder, em 2010. Hoje, o atual dirigente, que integra o mesmo segmento, é o assistente de manutenção Diogo Morais. Segundo ele, a permanência de um único presidente por tantos anos foi devido a “conchavos políticos” que impediam que uma chapa de oposição batesse de frente com as lideranças. “O acesso a autoridades, a possibilidade de fazer indicações pessoais para cargos públicos são benefícios que essas pessoas só conseguem estando à frente dos sindicatos. Por isso, que elas querem ficar tanto tempo lá”, assegura Diogo. folhape.br/blogdafolha/?p=112386
Posted on: Fri, 19 Jul 2013 01:59:26 +0000

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