QUEM AINDA SE LEMBRA????? 1958 - Explosão em Deodoro 02/08/2008 - TopicsExpress



          

QUEM AINDA SE LEMBRA????? 1958 - Explosão em Deodoro 02/08/2008 - 06:00 | Enviado por: Ana Paula Amorim Uma série de explosões fizeram estremecer todo o subúrbio. Foram mais de 72 horas de explosões nos paióis do Depósito Central de Armamento e Munição do Exército, situado em Deodoro, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Projéteis foram lançados ao ar pelas explosões, entre balas de fuzis e granadas. O fogo atingiu inicialmente o paiol de infantaria. O vento levou o fogo para os paiós de petardos da infantaria, e finalmente incendiou a Granja do Exército, matando os animais ali criados. Os deslocamentos de ar produzidos pelos repetidos estouros das granadas tiveram reflexos em muitos bairros, mesmo os mais distantes, como Leblon e Copacabana. No Grajaú e em Vila Isabel ocorreram rachaduras no reboco das paredes de diversas casas, e muitas vidraças foram quebradas. Os 10 mil moradores do Conjunto Residencial da Casa Popular de Deodoro, que dá frente para os paióis de munições, saíram para as ruas com as roupas de dormir, por entre gritos de mulheres e choro de crianças. O objetivo era sair do perímetro de Deodoro. Os bairros limítrofes a Deodoro tinham aspecto de cidades bombardeadas: paredes arrebentadas, vidraças estraçalhadas, telhados destruídos. Muitos destroços ficaram espalhados pela Avenida das Bandeiras. O Depósito Central de Armamento e Munição era considerado o maior da América do Sul. Possuia 10 paióis e 60 depósitos de armamentos bélico. Toda a área de Deodoro foi interditada, considerada que foi como praça de guerra. As residências e estradas foram patrulhadas por tropas da Polícia, armadas de metralhadoras. Foi estabelecido um cordão de isolamento que não deixava passar viaturas ou pedestres. Um campo de batalha sem inimigo Apesar da dramaticidade das explosões, as poucas mortes registradas resultaram das fortes emoções em pessoas cardíacas. A Central do Brasil ficou às escuras e os trens imobilizados, devido à falta da energia elétrica. Apesar de um guarda noturno afirmar ter visto um avião sobrevoar baixinho os paiós no dia do incidente, nada foi confirmado. O Presidente da República, Juscelino Kubitschek partiu para Deodoro pela madrugada, tão logo teve conhecimento das explosões. Lamentou os prejuízos e determinou que fossem adotadas as medidas necessárias, retirando-se depois de duas horas de permanência.
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 18:11:25 +0000

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