QUEM É O DIZIMISTA? O dizimista é aquele que reconhece que tudo o que ele tem ou possui e tudo o que ele é, tem Deus como fonte e princípio. Dele é a terra que cultiva e os frutos que a mesma terra produz. O dizimista intervém com seu trabalho e sua experiência, mas sabe que se faltasse a terra para ser trabalhada não haveria nem trabalho nem frutos. O dizimista, olhando a natureza, reconhece nela a casa maravilhosa que Deus criou para que o homem a habitasse e a embelezasse. Tudo na natureza tem seu sentido e sua finalidade. Até os desertos, que a primeira vista parecem inúteis e improdutivos, ocupam um posto importante no equilíbrio delicado do clima. Água, luz, calor, ar… tudo é nosso, mas sem sermos donos. Tudo recebemos de graça de Deus. E o dizimista tem consciência disso. O dizimista reconhece que até a inteligência que tem é dom de Deus. Com o estudo e o seu esforço pessoal pode ampliar o alcance de sua inteligência e chegar a alturas impressionantes de cultura e de ciência. Pode adquirir capacidades admiráveis de direção em campo político ou industrial; no campo da saúde ou da escola; no campo do esporte ou da filosofia ou da teologia. Pode lançar seus olhos de astrônomo até os confins do universo e estudar sempre mais profundamente as leis que o regem. Mas o dizimista sabe e reconhece que diante de todos esses progressos deve inclinar-se diante da bondade de Deus que lhe deu inteligência suficiente para realizar tantos feitos maravilhosos. Para o dizimista até as pessoas queridas que o circundam são presentes de Deus: deles pode desfrutar para o mutuo progresso material e espiritual. Diante de tantos dons, o dizimista enche-se de gratidão. E devolve como dízimo uma parte dos bens que possui como sinal desta gratidão. Sabe que Deus não precisa de nada, pois é dono de tudo. Mas o dizimista quer devolver o seu dízimo lembrado das palavras de Jesus no Evangelho: “Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequeninos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mateus 25,40). É verdade: Deus não precisa de nada; mas seus filhos mais pequeninos precisam. E o dizimista quer colaborar devolvendo seu dízimo. O que motiva o dizimista é exclusivamente a gratidão e não a obrigação: devolve seu dízimo porque se sente amado e não mandado. Por isso, para o dizimista o dízimo não é uma oferta, uma esmola. É sim uma parte de seus bens proporcional à generosidade de Deus. É assim que o dizimista interpreta a indicação da percentagem de 10%. O dizimista é fiel na sua devolução porque sabe que tem irmãos que precisam. E a fidelidade do dizimista de fato é uma aplicação prática do mandamento do amor: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que são os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (João 13,34-35). Com seu dízimo o dizimista vive a lei do amor. O dizimista é livre de fazer gestos de caridade como melhor entender: sempre serão gestos bons e santos. Mas não despreza o dízimo devoluto à comunidade para que, unindo-se a tantos outros dizimistas, possa atender melhor às necessidades da comunidade.
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 00:14:35 +0000