" Que o caso da Ponte lhes sirva de reflexão A tese do "partido - TopicsExpress



          

" Que o caso da Ponte lhes sirva de reflexão A tese do "partido tampão" e da "CGTP respeitadora da lei" que contém movimentos (ditos) "mais radicais" no contexto do protesto social é toda ela uma imensa trafulhice. Não sei se quem anda sempre com ela na algibeira para usar após greves gerais e bons resultados eleitorais da CDU tem ou não disso consciência mas isso não altera a natureza fraudulenta da tese. Nem o PCP é "partido tampão", nem a CGTP é um mecanismo que contenção do dique dos descontentamentos. Se não o percebem são burros. Se o percebem mas optam por dizer o contrário mentem. As organizações que mais consequentemente têm lutado contra a política de agressão às camadas populares adoptam a cada momento as formas de luta que consideram servirem melhor os interesses dessas mesmas camadas. No quadro actual estas (formas de luta) têm-se enquadrado claramente dentro das possibilidades que a lei - nomeadamente a Constituição da República Portuguesa - determina. Imagem da 23ª meia-maratona de Lisboa, realizada em Março passado, com passagem pelo tabuleiro da Ponte 25 de Abril. Se o governo optar por negar aos trabalhadores, também em matéria de direito de manifestação, os direitos que a lei - nomeadamente a Constituição da República Portuguesa - consagra [1], então estará a empurrar a luta e o protesto para fora desta. Esta poderá ser aliás a intenção do governo, que em 2011 ensaiou um discurso de marginalização da esquerda mais consequente, acusando-a de incentivo à violência. Seria em todo o caso bom que todos aqueles que passam a vida a atribuir ao PCP (e por arrasto à CGTP) o papel de pormenores exóticos do sistema, que vivendo dentro dele servem para balizar o protesto dentro dos "limites do aceitável" dessem a devida atenção ao conteúdo de uma intervenção totalmente ignorada pelos media, e que foi lida por um membro da Comissão Política do PCP no XIX Congresso realizado há menos de um ano, em Almada: "(...) Não confundimos sentimentos de desespero, angustia e acções que dai possam decorrer, com provocações e acções orquestradas, damos e daremos firme combate a todas e qualquer iniciativas cujo o resultado se traduza em prejuízo para a luta dos trabalhadores. Não confundimos atitudes provocatórias com coragem necessária para dinamizar a luta. Coragem física é aquela que colocamos todos os dias na luta. Violento! Violento é ter de enfrentar hoje o patronato nas empresas e locais de trabalho e amanhã voltar ao confronto, não embarcamos em voluntarismos nem em actos isolados, mas daqui reafirmamos, que em momento algum abdicaremos do direito à resistência e que levaremos esse direito tão longe quanto for necessário. Empenharemos todas as nossas forças na intensificação e convergência da luta de massas, com todos os desenvolvimentos e expressões que ela possa assumir. Repito: com todos os desenvolvimentos e expressões que ela possa assumir. Não estamos nem ficamos à espera de um acto qualquer para construir a alternativa. Estamos a construi-la em cada luta que travamos, estamos a cimenta-la na base, criando unidade na acção, estamos a afirmar a sua possibilidade, em cada vitória alcançada. (...)" O PCP não costuma brincar às lutas, nem é seu hábito brincar com as palavras. As formas que a luta assume são aquelas que deve assumir em cada momento. Mas não esperem que perante a imposição de limitações ilegais e ilegítimas à luta de quem trabalha a resposta seja desproporcional, como um patético encolher de ombros acompanhado de assobio para o lado. Ponte a pé, Governo para a Rua!"
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 10:25:07 +0000

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