Que putaria essa história do Piso Salarial para educadores da rede estadual do Rio Grande do Sul... O Estado tem para um tal de politécnico, que tá mais pra "politreco" - inclusive impondo isso, sem consenso com a classe trabalhadora -, que, ao meu ver, vai custar uma boa grana; mas não tem para pagar um salário mais "digno" - pois de digno nada tem, a julgar que é o professor, e não qualquer outra classe trabalhadora, que se faz necessário para a existência de qualquer outro tipo de profissional de prestígio social (como médicos e advogados, que nem de doutorado precisam para serem doutores), o que faz deles (e arrisco dizer "de nós"), ainda mais por estarem no âmbito originador do "zoon politikon", merecedores (embora eu odeie este termo, pois um dos grandes problemas da sociedade é a meritocracia) de um prestígio social tanto econômico quanto cultural. Enquanto não houver, penso, autonomia no âmbito escolar (auto-gestão; horizontalidade) e reconhecimento do profissional que nele atua, dificilmente teremos progressão sintomática docente e, menos ainda, discente. É a democracia meramente aplicada à opinião da maioria, vulgarizada, hostilizada e mal-pensada, de forma a que desculpas do tipo "nem um por cento das escolas do Estado estão em greve, o que justifica o não-pagamento do PISO salarial", embora ele sendo, deveras, lei, já promulgada em 2008, mas que, 5 anos depois, ainda se faz ausente.
Posted on: Wed, 11 Sep 2013 13:18:22 +0000
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