Quem um dia te desprezou, um dia saberá a dor que você sentiu ao - TopicsExpress



          

Quem um dia te desprezou, um dia saberá a dor que você sentiu ao perde-la. Quando notar que em seus olhos havia as mesmas lágrimas de quando você chorou; quando lembrar dos momentos felizes que em um segundo se dispersaram ao vento fresco; quando notar que a distância a qual se formou é tão grande, que já o seu grito de desespero não se ouve; quando perceber um si que você não irá mais voltar para abraça-la, e quando a saudade transparente e invisível lhe vier soprar ao pé do ouvido ao se deitar triste em sua cama: - Se você abrir os olhos nesse momento, verás que o coração não tem o dom da fala, mas sente a dor de um imenso buraco aberto que se faz em seu peito. ... Só o que há em sua frente é um imenso espelho - o espelho do que em verdade você quer ver. Quando suavemente se vira o rosto, movimenta os seus cabelos como as algas do mar dançam na correnteza oceânica. Quando abre a boca e remonta o sorriso, alumias vivamente o mais escuro dos abismos. Seus dentes brancos e cristalinos se parecem com os preciosos diamantes; com os inocentes e frígidos flocos de neve ao inverno, que como quando caem e se agrupam, desenrolam e dão vida a um lindo tapete albino de branco lúcido. Mulher feroz e envolvente, ingenua e inocente. Suas carícias e abraços são como os laços do profundo do infinito: Não existem limites para se adentrar em seus mistérios. Mas de tão fundo que se ousa penetrar, o caminho se perde ao tentar regressar. Mais formoso e condensado que os imensos anéis de Saturno, seu corpo é modelado com a mais perfeita exatidão. Formosura exuberante..., modelado a mão divina e puro ardor. Linhas de desejo e sedução, prazer e tentação. Como um destemido viajante, ao qual não teme a descobrir o seu caminho e se perde em seu próprio destino, eu me faço conjurado a me perder eu seu exílio. Em todo o mundo não há tecido sedoso como seu corpo. Sua pele é maciça, perfumada e delicada como o pêssego mais maduro. Eu me embaraço e me entrelaço em seus braços; me desfaço dos meus cardos e me entrego aos teus inflames afagos. Mas o que é raro sempre sai caro, e o que aparenta ser fácil, sempre é por de mais complicado. Sua volúpia me faz fraco, suas incertezas o juízo me embriaga. Como bêbado sem rumo que bebe um copo e se faz inseguro, eu perco a minha sanidade e bebo toda a sua culpa. Nos lábios ostenta um forte tom de vermelho vivo, e eu morto de desejos escondidos. Vermelho... Como a cor intensa do jambo mais maduro, que desperta a mais insaciável fome do surto. E eu aqui impaciente e sozinho, de olhos vendados no escuro, vendo toda essa dor que consome o seu julgo. Autor: Fernando Perfeito Livro: Borboleta de púrpura Em breve...
Posted on: Thu, 04 Jul 2013 06:11:03 +0000

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