Queridos e amados amigos. Bom dia e Deus abençoe a todos. Eu - TopicsExpress



          

Queridos e amados amigos. Bom dia e Deus abençoe a todos. Eu creio na vida eterna! Hoje é um dia de reflexão, de saudade, de rezar... pois a morte precisa de educação. Parece estranha tal assertiva, mas não é. Se não formos educados para morrer, tentar aceitar a morte como um fato ao qual toda a natureza humana está definitivamente sujeita, continuaremos assombrados. Ou sempre tentando dela fugir, evitando pensar, encarar, entender. Há quem a torne uma grande e odienta inimiga, como fez Augusto dos Anjos. Quem não se lembra das terríveis atribuições à Grande Voyage, do poeta do Eu?: Podridão, envelhecimento dos tecidos- ultra-fatalidade de ossatura a que nos acharemos reduzidos... Semeadora terrível de defuntos, senhora dos nossos esqueletos e da caveiras diárias que fabrica, carnívora assanhada, serpente má de língua envenenada. Ora, observando as folhas que caem no outono deixando em galhos frondosas copas, a primavera que se veste à despedida do aconchego de um inverno abençoado, o verão que desperta o fulgor desta claridade ofuscante dos trópicos em que vivemos, fica tão fácil ver que na natureza está escrita a mais eloquente lição da efemeridade da vida biológica de todos os seres. ... Observando o prolatares da ciência, que desde um longínquo passado nos afirma que nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, nos conscientizamos desta pura verdade, implícita e explícita nos mecanismos de evolução da ordem do universo. Contemplando luares e crepúsculos, que dia após dia, anos após anos, séculos após séculos, nunca se fizeram iguais uns aos outros, confirmando que Deus continua o grande maestro presente e constante, regendo nossas vidas, os mundos, as galáxias, que também nascem, crescem, vivem e morrem. Ou melhor, transforma-se. Pensando nisso, hoje vamos erguer um brinde aos nossos amigos que já partiram, que já se engrenaram neste ciclo natural da existência, nessa transmutação biológica, a que todos estamos sujeitos, novos ou velhos, saudáveis ou não, independentes de qualquer condição que nos foi dada. Sem dela ter medo, nem ódio, pois da morte o que nos falta é a educação para saber morrer. Ou melhor, educação para deixar de viver, a cada dias os seus cuidados, sem nos afligir com o dia de amanhã como recomendou Jesus. Embora vigilantes e conscientes da grande verdade, tão bem enfatizada pelo mestre Rabindranath Tagore: A morte não é um apagamento da luz; é o ato de dispensar a lâmpada porque o dia já raiou. Deus abençoe a todos. Feliz dia da Vida. Com carinho Frei Rinaldo, osm
Posted on: Sat, 02 Nov 2013 14:35:12 +0000

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