Quero compartilhar com vcs, um artigo que tinha feito a uns anos - TopicsExpress



          

Quero compartilhar com vcs, um artigo que tinha feito a uns anos atrás (2008), contestando a dormência política dos nossos jovens. Claro que o manifesto de hoje não é a cura ...mas é um bom começo. O JOVEM não lê noticias a respeito da política, só acha que tá tudo errado, que todos roubam ..etc. Aqui mesmo no face nuuunca vejo comentários sobre a nossa política. Eu posto alguns assuntos e "bombam".....mas quando falo sobre política, economia ......huummmm ! rs. Gostaria que vcs dessem uma olhada neste artigo. PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO JOVEM A última manifestação política envolvendo os jovens brasileiros ocorreu no dia 16 de agosto de 1992, quando o presidente Fernando Collor conclamou o povo brasileiro a sair às ruas vestidos de verde e amarelo para demonstração de apoio ao governo que estava sendo atacado com denúncias de corrupção. A juventude atendeu a este pedido, mas compareceu com roupas pretas, em alusão ao luto que o país vivia por conta da tamanha confusão política e exigindo punição aos envolvidos. A famosa marcha dos caras pintadas envolveu o jovem em sua maioria e deixou claro a todos que uma população bem informada é capaz de promover as mudanças. Se levarmos em conta que estes jovens em 1992 tinham uma média de 18 a 20 anos, concluímos que tenham nascido no início da década de 70. Tentamos estabelecer este cronograma de lutas e dos jovens envolvidos, para alertar a dormência política que o jovem brasileiro vive atualmente em tempos de democracia. A UNE (União Nacional dos Estudantes) é uma das primeiras organizações estudantis que surgiu após a 2ª grande e teve grande participação, pois foi feito uma aproximação individual em cada jovem, com ramificações que se estenderam a nível nacional. E teve seu ponto alto de luta na ditadura de 1964, onde o governo autoritário decretou a ilegalidade das entidades estudantis. O Cenário da luta era a conquista da liberdade de expressão, da contestação. Nos tempos atuais de pleno (?) exercício da democracia, fica a pergunta: As entidades estudantis estão perdendo força pelo fato de não haver contestação? É importante saber o nosso momento sócio político e buscar através do diálogo e conhecimento reivindicar nossos direitos. A participação da juventude estudantil no início da década de 60, quando do golpe político militar de 1964, tinha a força da participação. Eram os chamados grupos da ESQUERDA que uniam os estudantes. As entidades de apoio aos estudantes se organizavam e eram criadas instituições de apoio aos anseios dos jovens da época como a UBES. Estas entidades se contrapunham ao poder sem limites dos militares. A ideologia política aflorava com a redução dos direitos dos jovens. Enquanto acadêmicos eram expulsos, professores passavam por uma triagem ideológica, realizado por assessores de segurança e investigação do governo. Já se passaram mais de 40 anos destas manifestações e a mais recente nos remete ao ano de 1992. Será que vivemos em um país realmente democrático e sem problemas ou corrupção? Ou não estamos com nossa liberdade correndo perigo e por isso deixamos tudo de lado? Certos questionamentos se tornam alarmantes se levarmos em conta a facilidade de acesso a informação que o jovem possui nos dias atuais. Questionamos com este texto a perda da identidade do jovem em lutar pelos seus direitos políticos, que não precisam necessariamente fazer parte de um partido ou cargo político. A organização da sociedade passa pela política, todas as ações até aqui levantadas- os movimentos populares- tinham como maior objetivo uma boa condição de vida para que possamos respeitar as leis e termos nossas obrigações. O livro “Pobreza Política” de Pedro Demo define o homem político como “aquele que tem consciência histórica. Que sabe dos problemas e busca soluções. Quer comandar seu próprio destino. Para o jovem ser um político, não precisa ter sua plataforma de governo, não precisa fazer discursos, mas atuar na sua comunidade na busca de soluções que levará o bem comum a si e aos outros.” É esta participação que falta ao jovem de hoje. Uma mudança de atitude com este jovem e o seu círculo de amizade refletirá com certeza positivamente na sua rua, seu bairro, sua cidade, seu estado e por que não, no mundo. Uma grande solução para esta dormência política seria uma maior participação das nossas crianças na política, através das escolas, mantendo na sua grade curricular uma matéria debatendo e mostrando a política. O conhecimento é a ferramenta que pode combater a corrupção, sempre presente na política e que leva a desigualdade para a sociedade. Nossas crianças mais esclarecidas se tornarão jovens mais participativos e isso elevará a qualidade da nossa sociedade. Esta participação tem tudo a ver com as oportunidades que um país democrático como o Brasil concede ao seu povo, mas que raramente são aproveitados em função desta falta de cultura política. Quando ouvimos a famosa palavra “qualificação profissional” isto nos remete a um profissional melhor preparado no mercado trabalhista. É importante o jovem estar bem atualizado, bem esclarecido para poder usar este conhecimento a favor do debate, da reivindicação. Precisamos sair da platéia do espetáculo chamado democracia e ser o ator principal, e não apenas o espectador. SÉRGIO PAVÃO
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 17:47:45 +0000

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