REFLEXÕES PARA SARAR A MENTE A maior prova de que a ficção não tem nenhuma incidência sobre o plano real, de que a arte não serve para nada, que os artistas chovem no molhado, trabalham em vão, gritam para o a toa, se constata quando o presidente dos Estados Unidos da América, depois de assistir todos aqueles milhares de filmes produzidos por sua potente indústria cinematográfica, construídos tendo por base e tema a filosofia "guerra jamais", e ainda todas as séries que estão em voga que mostram as avarias sociais que as beligerâncias trouxeram e trazem para o País, dizer e tentar convencer a todos: "Vamos a guerra! Síria, atacar!" Que a Dilma não dê ideia. Pro Obama mudar de foco e resolver dichavar seu contingente bélico na gente não custa. Fica fazendo cara feia. De esposa traída. Pra ele não faz a menor diferença se Síria, Brasil, Iraque, Afeganistão. O importante é ter onde despejar e dar sentido aquele arsenal todo inútil que ta perdendo o prazo de validade nas bases militares americanas. A mídia deu tanto valor ao quebra-quebra em detrimento do conteúdo das reinvindicações que acabou transformando as grandes passeatas em pequenas arruaças. Descobri que diante da mais ínfima a mais cruel e brutal injustiça sou capaz de matar por meus filhos, por minha família, pelo meu país. Diante da covardia nasce em mim um homem que desconheço, um animal selvagem, um estado de fúria, uma alma em descontrole, um corpo sem rumo, desnorteado, pura paixão. E é por isso que me afasto das manifestações e me detenho a fazer minha revolução através da ficção, da arte, de mudar o mundo atacando sua sensibilidade. Porque me temo. Porque também sou covarde. Porque devo viver para extrair de mim o que tenho de melhor para oferecer pro mundo. - Eduardo Wotzik
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 02:51:04 +0000
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