RESISTÊNCIA NO CAMPO Por Eduardo Sá Movimento de agricultores é guardião de sementes crioulas para resistir à dominação das transgênicas do agronegócio Em todo o Brasil cresce o movimento de resistência pela preservação das sementes crioulas, cultivadas há séculos pelos agricultores sem interferência de agrotóxicos e dos transgênicos. E essa resistência vem de movimentos camponeses, que têm se articulado em defesa da biodiversidade. É uma forma também de garantia de autonomia. Algumas políticas públicas apoiam tais iniciativas, mas ainda é algo marginal frente ao avanço do modelo agrícola industrial. Cada território carrega sua história, especificidade e nome dado às sementes, como é o caso das sementes da paixão na Paraíba, trabalho que é referência no país. Em Alagoas, por exemplo, são chamadas de sementes da resistência. Os bancos comunitários de sementes geridos pelos agricultores estão espalhados pelo país e garantem a plantação na hora certa, mesmo em tempos de seca. SEMENTES DA PAIXÃO Em meados de 2012 ocorreu o seminário Pesquisa e a Política de Sementes no Semiárido, que foi um reconhecimento histórico para os movimentos sociais locais. Pesquisa em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, e outras instituições legitimou cientificamente a eficiência das chamadas sementes da paixão. Ao longo de três anos, foram comparadas três variedades de milho distribuídas por programas públicos, e cerca de vinte variedades de sementes crioulas cultivadas em várias regiões do Estado. Em todos os campos de teste, essas sementes apresentaram desempenho produtivo equivalente ou superior ao das variedades distribuídas pelo governo. Os experimentos foram realizados na região da Borborema, no agreste paraibano, e no Cariri, região mais seca do estado da Paraíba. Leia a reportagem completa na edição 195 de Caros Amigos nas bancas ou loja virtual
Posted on: Sun, 30 Jun 2013 04:40:41 +0000
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