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REYNALDO-BH , COMENTA SOBRE O VOTO OBRIGATÓRIO,ESSA ABERRAÇÃO Reynaldo-BH - 04/10/2013 às 18:14 No país das jabuticabas, temos o direito obrigatório. Ou é direito – e ad hoc, livre – ou é obrigação. No país de índios de boutique, povos da mata profissionais de política, amantes e ladrões no poder, mais uma anomalia lógica tem a marca do Made in Brazil! Eles nos obrigam a escolher, entre eles, quem não nos representará. O direito de não votar é uma ameaça. Qual seria o índice dos votantes, saco o direito de escolha fosse, na essência, um poder dado ao cidadão? Ao obrigar-me a exercer um “direito”, eles me ofendem. E creio, a todos. Somos como ignorantes que precisamos ir às urnas para aprender o oposto do que eles próprios deixam como exemplo. Seja o receio do usuário do Bolsa Sofá ou o esclarecido eleitor que prefere um feriado a um exercício de cidadania. (A vitória de Eduardo Paes em 2008, derrotando Fernando Gabeira é exemplo. Um feriado arranjado por Sérgio Cabral aumentou significativamente o número dos ausentes). Mas mesmo com estes efeitos não desejáveis, direito é poder. Nunca submissão. Que direito é este que nasce da obrigatoriedade? De quem eles têm medo? De nós. Um sistema eleitoral montado de modo a desprezar o voto nulo (que discordo por ser a antítese da democracia) ou em branco. Por uma lógica absurda, estes votos acabam por beneficiar os MAIS votados. Quem se recusa a votar tem a vontade direcionada para aqueles que já detêm o maior número de votos. Seja de modo direto ou pela exclusão no malfadado coeficiente eleitoral. Eles têm medo de todos nós. Todos eles. E nos ofendem. O que, aliás, tem sido lugar comum. Uma cansativa repetição. Neste aspecto – no medo!- eles são mais iguais que diferentes. E na ofensa de julgarem que somos analfabetos políticos. Assim nos obrigam a exercer um direito coercitivo (haja jabuticaba!). Os europeus (somente como exemplo) devem ser – aos olhos deles – mais inteligentes e preparados para a democracia que nós. Eles podem exercer – quando queiram – o exercício do voto. E podem, do mesmo modo, deixar claro a repulsa a TODOS. Ou a insignificância do que se apresentou em campanhas eleitorais. Nisto reside o caráter sempre plebiscitário de qualquer eleição no Brasil. Na escolha do “menos pior”. Nas ameaças eleitoreiras ou nas falsidades apresentadas como verdades. A obrigatoriedade do voto é a vergonha da liberdade democrática. Quem assume não votar, fez uma escolha. Mesmo que eu não concorde com a opção. Mas é justa, defensável e cidadã. Obrigar um povo a escolher – como se direito fosse – um canalha entre tantos é humilhar a consciência de quem se posicionou contra a participação. Por descrédito, desesperança ou nojo. Ninguém deixa de votar se não tiver razões sólidas para tanto. Direito é poder escolher. E escolhas devem – se forem direitos – ser amplas o suficiente para que CADA UM exerça a cidadania. Senhores membros da comissão que fulminou o voto facultativo (um imenso “eles”); ficou claro ou é preciso desenhar?
Posted on: Sat, 05 Oct 2013 03:25:26 +0000

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