Relato da minha vivência na sessão da CPI do Ônibus na Câmara - TopicsExpress



          

Relato da minha vivência na sessão da CPI do Ônibus na Câmara Municipal do Rio, no dia 22 de agosto: consegui entrar, `as 8h15, depois de tentar entrar pela Cinelândia e pela Francisco Serrador, pois a PM havia feito um "cordão de segurança" entorno da Câmara impedindo que os transeuntes passassem. Mesmo aqueles que trabalhavam no quarteirão ou queriam simplesmente passar tiveram que dar a volta. Quando perguntei a um PM o porquê do cordão, ele me disse que era "para evitar manifestações" e que "estava cerceando o direito de uma minoria em prol de uma maioria" Pérola! Só podia passar pelo cordão militar quem fosse para a sessão na Câmara e só com uma senha. Recebi a senha para entrar das mãos de um PM! Na fila de entrada, eu perguntava `as pessoas por que elas estavam ali. Em um grupo de jovens, que estavam visivelmente juntos, muitos se recusaram a me responder e não queriam que eu os filmasse. Um deles, por fim, me disse que "era a favor do Cabral". Muitos deles entraram na Câmara sem senha! Todos eles foram para a galeria A. Eles gritavam a favor de Chiquinho Brazão (presidente da CPI), Carlos Osório (secret. de transportes) e Professor Uólston. Na galeria B estavam os cidadãos que questionam a legitimidade da CPI, pois quem deveria presidí-la é o seu proponente, Eliomar Coelho - dentre outras tantas irregularides. Durante a sessão, a galeria A, (a favor de Brazão) gritava pro outro grupo "maconheiros", "Marcelo Freixo" e "Garotinho", insinuado que aqueles que estavam na galeria B haviam sido levados por eles. E os ocupantes da galeria A gritavam "milicianos", bandidos", "comprados". Fui hostilizado o tempo todo por esse grupo favorável ao Brazão, pois estava na galeria A filmando a sessão. Alguns deles me peitaram e puseram o dedo em minha cara, dizendo que eu não os filmasse, querendo que eu saísse dali. Esse grupo, a favor de Brazão, por duas vezes, saiu da galeria, insinuando que iriam invadir a outra galeria. Não o fizeram, mas ao voltar, riram e debocharam daqueles que estavam na outra galeria dizendo "peidão" e fazendo sinais de que iam cortar os pescoços dos outros. Ao final, já fora das galerias, o mesmo cidadão que havia me dito, na fila de entrada, que era a favor do Cabral, bateu em minha câmera, quase jogando-a no chão, enquanto eu filmava repórteres que buscavam saber informações sobre eles. Toda a imprensa presente veio me perguntar o que havia acontecido. Segundo denúncias que ouvi eles, ocupantes da galeria A e a favor de Brazão, teriam sido pagos para estar ali. Por fim, a sessão foi tensa, muito tensa. Mas fica uma lição: não podemos nos intimidar. A população compareceu em pequeno número hoje na Câmara. Temos que lotar a próxima sessão, 5a que vem. Vamos todos `a Câmara, 5a, dia 29 de agosto!
Posted on: Fri, 23 Aug 2013 04:14:34 +0000

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