Resisto Se existe esse tal português da espada e da caravela confesso que nunca o vi sempre vivi na cidade e filho da urbe eu sou e todo o homem que conheço assemelha-se a um fantoche muito certinho e afinado com os seus métodos de imitação aplicada despojado de uma alma vivendo apenas um fadinho de fazer fugir o Zé Povinho. Nunca vi, nunca vi um português se existe que mo mostrem pois na terra do chico esperto e do canalha ninguém se importa com nada todos fogem e fazem-se à estrada. É sabido que existem formas de matar um povo basta convencê-lo que é pobre e bom para turista e nem falo do artista que do povo só quer ouvir para aparecer na revista. Não há português, nunca o vi esse teimoso camponês do abril vermelho e do fuzil que foi amordaçado e subornado pelos patrões da história juntamente com os operários cansados enganados por cobardes fardados cheirando a novembro e a traição. Esses não são povo não pois ninguém conhece polícia bom que defenda ladrão. Mais três e faço trinta tantos anos e nunca vi um português começo a pensar que sou um sonho tal como este país. Mas ainda espero uma península mais plena porque eu insisto porque eu existo e pertenço às gentes que gritam: Eu resisto! 0:39, 23 Mar, Graça textosautomatismos.blogspot.pt/2013/03/resisto.html
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 21:16:48 +0000
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