Resumo da mensagem pregada na 1ª Igreja Presbiteriana - TopicsExpress



          

Resumo da mensagem pregada na 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Maringá às 20h do dia 09 de Junho de 2013 por pr. Fernando Lucas Peroto Base bíblica: Lucas 15:11-32 (trecho que narra a parábola do filho pródigo) Disponível em: andrecruzmendes.br/ideias-de-la/resumos/resumo-da-mensagem-48 Introdução: Jesus frequentemente era criticado e questionado pelos fariseus, principalmente porque ele andava com pessoas mal vistas pela sociedade e comia junto com elas. Tentando mostrar por que fazia isso, Jesus contou três parábolas: a da ovelha, a da moeda e a do filho perdidos. Em todas elas, alguém ou algum objeto importante havia sido perdido, mas acabavam sendo encontrados e isso era motivo de festa. O texto lido, encontra-se nesse contexto. Ele narra a parábola do filho pródigo, que é bastante conhecida. Alguém pode pensar que a personagem principal dessa história é o filho que se perdeu, mas não é. A personagem principal é o pai, que perdoa de coração e aguarda com esperança o regresso do filho que partiu. Nessa história, podemos observar as atitudes desse pai a fim de aprendermos algumas lições importantes, que podem ser aplicadas à nossa família. 1 – NÃO EXISTE FAMÍLIA PERFEITA A família do texto passa por fases boas, mas também passa por fases ruins. Podemos ver que aquela era uma família normal, como todas as outras. De fato, não havia como ser uma família perfeita, porque os integrantes daquela família também não eram perfeitos. Do mesmo modo, a nossa família também jamais será perfeita, porque não somos perfeitos. O problema é que às vezes desejamos profundamente essa perfeição. Nesses momentos, criamos para nós mesmos um mito de família perfeita, acreditando do fundo do nosso coração que isso é possível. Mas fazer isso não é bom, porque começamos a comparar a nossa família com a dos outros, imaginando que eles não têm problemas. Deste modo, certamente acabaremos frustrados e desanimados. Ora, precisamos entender que os outros também têm seus problemas e, talvez, os problemas deles sejam até mais difíceis que os nossos. Quem sabe o que acontece nos bastidores? Na Bíblia, única família perfeita que encontramos é a família de Adão, antes de saírem do paraíso. Após isso, nenhuma mais. 2 – NEM TUDO SAI COMO PLANEJAMOS O texto mostra que aquele pai criou os seus filhos com muito amor, dedicando-lhes tempo, instruindo-os e ensinando-lhes bons princípios. Ou seja, aquele pai não esperava que o seu filho mais novo um dia fosse agir com tamanha ingratidão e rebeldia. Se observarmos bem, aquele filho reivindicou a sua parte da herança, mas o pai ainda estava vivo. Fica claro, portanto, que aquele filho não se importava mais com o seu pai, isto é, no seu coração ele o considerava como alguém morto. Às vezes olhamos para as demais pessoas da nossa família e percebemos que os relacionamentos não estão saindo com nós desejamos. Fazemos tudo com as melhores intenções, mas algo parece que não está certo. Precisamos ter em mente que situações assim podem acontecer e que, nem sempre, a culpa será nossa. Sabemos que Deus é soberano e que os seus planos não podem ser frustados. Todavia, os planos de Deus podem não ser os mesmos que os nossos e isso acaba nos chateando. Mas devemos nos lembrar que Deus nos ama e sempre tem o melhor para nós. 3 – AMANHÃ PODE SER TARDE DEMAIS PARA NOS DOARMOS Na parábola, o pai estava com o coração arrebentado diante daquele pedido inesperado. Mesmo assim, ele permitiu que o seu filho fosse embora com sua parte da herança. Aquele pai chorava, mas aquelas lágrimas com certeza não eram de culpa, tampouco de remorso. Ele não estava se perguntando “onde foi que eu errei?”, porque ele sabia no fundo do coração que havia agido certo com o seu filho durante toda a sua vida. Em nossas famílias, às vezes procrastinamos boas ações de uns para com os outros. Mas podemos nos arrepender disso futuramente, pois, quando as coisas não saírem como planejamos e o inesperado acontecer, choraremos diferente daquele pai, isto é, choraremos de remorso e culpa. Desistiremos da vida, dizendo: ”a minha vontade é sumir”. Certamente isso não é bom. Há pessoas que acham que o amanhã está garantido, mas sabemos que o amanhã só existe no calendário dos tolos. Precisamos ter em mente que HOJE é o dia que o Senhor fez. HOJE é o dia de perdoar, voltar atrás e abraçar. HOJE é dia para mudarmos nossa postura diante da situação e assim tomarmos uma atitude diferente. HOJE é dia de assumirmos compromisso com Jesus. De fato, amanhã pode ser tarde demais. Logo, precisamos nos doar hoje a fim de que amanhã não sejamos acometidos pela culpa. 4 – É BOM PERDOAR QUEM NOS FEZ MAL Na parábola, percebemos claramente que o filho mais novo é o vilão da história, pois foi ele quem errou com o pai. Mas esse pai não fechou as portas para a reconciliação. Ao invés disso, ele perdoou o seu filho e ficou esperando o seu retorno. Assim como esse pai, precisamos abrir as portas do perdão para quem errou conosco. Quantos são os pais que não querem perdoar os seus filhos? Sabemos que isso acontece por motivos de angústia dos mais diversos. Esses pais por acaso estão esperando o retorno de seus filhos? E, no caso inverso, quantos filhos não conseguem perdoar seus próprios pais? Sabemos que isso também acontece por motivos de angústia dos mais diversos, afinal, quantos pais têm sido ausentes na vida de seus filhos? Esses filhos por acaso estão esperando o retorno de seus pais? Ora, sabemos que, quando não perdoamos, a angústia se torna maior. De fato, não é possível que haja saúde emocional, tampouco espiritual, na vida de quem não consegue perdoar as pessoas. Então, quando Jesus nos pede para perdoar os outros, ele não está apenas pensando no vilão que deve ser perdoado, mas também no mocinho que sofre por não perdoar. Perdoar é terapêutico, faz bem tanto a nós como ao outro. Como Jesus nos ensinou, devemos perdoar as pessoas assim como o nosso pai que está no céu nos perdoa. 5 – A ESPERANÇA NOS PREPARA PARA A RESTAURAÇÃO Às vezes achamos que as coisas não vão melhorar. Por exemplo, muitos estão completamente desesperançosos quanto à situação do nosso país, à política, à economia, à educação. Achamos que não existe solução para os problemas do mundo e, do mesmo modo, às vezes perdemos a esperança da restauração dos relacionamentos em nossas famílias. Acreditamos que não há mais jeito. Porém, há algo curioso na parábola do filho pródigo: o texto lido nos mostra que o pai já havia preparado de antemão o anel, as roupas e as sandálias do filho. Quando ele fala com seu empregado, esse pai pede para buscar “O” novilho, como se já o tivesse deixado separado para isso. Certamente, aquele pai estava esperando o retorno do seu filho, isto é, não havia perdido a esperança de que um dia ele voltasse. Deste mesmo modo, também devemos esperar a restauração que Deus fará em nossos lares. Pela fé, podemos esperar que Deus vai concertar a situação. Todavia, devemos ter em mente o seguinte: nós oramos para que Deus mude a nossa família, e ele com certeza deseja mudá-la para melhor, mas o que ele precisa para isso às vezes é mudar o nosso coração primeiro. Por exemplo, pedimos a Deus que uma pessoa se volte a nós com amor, mas ele nos diz: “Eu quero trazer essa pessoa de volta, mas primeiro eu preciso fazer com que você a aceite como ela é”. Portanto, se queremos que a alguém da nossa família mude, então primeiro devemos deixar Deus transformar as nossas vidas, para que sejamos mais tolerantes com o nosso cônjuge, dediquemos mais atenção aos nossos filhos e honremos os nossos pais. 6 – É IMPORTANTE PLANTARMOS BOAS LEMBRANÇAS EM NOSSA CASA Na parábola, o filho depois de partir e gastar todo o seu dinheiro, encontrou-se numa situação miserável e se lembrou de seu lar. É interessante observar que as lembranças que lhe vieram a cabeça eram da generosidade, da justiça e da bondade de seu pai, afinal, até os empregados eram tratados com respeito e havia fartura na casa. Isso nos faz perguntar: Quais são as lembranças que temos semeado? O que dirão de nós quando formos apenas uma fotografia? O que falarão a nosso respeito quando não estivermos mais nessa terra? O que lembrarão de nós quando estivermos distantes? Tomemos como contra-exemplo o discípulo de Jesus, Judas Iscariotes: milênios se passaram e as pessoas se lembram dele apenas como um traidor. Será que isso significa que, se já fizemos muitas coisas ruins, as pessoas colherão de nós no futuro apenas más lembranças? Não! De fato, não, porque podemos ser lembrados como símbolo de MUDANÇA PARA MELHOR. Isto é, se antes falávamos palavras ruins, podemos ser lembrados como quem deixou de falá-las quando conheceu Jesus e assim passamos a falar coisas boas. Se éramos injustos e infiéis, podemos ser lembrados como alguém cuja vida Jesus transformou. Precisamos ter em mente que sempre é possível que Jesus nos mude para melhor. (Zaqueu é exemplo disso). 7 – A GRAÇA DE DEUS PODE SER REVELADA EM NOSSA FAMÍLIA Sabemos que GRAÇA é um presente para quem não merece. De fato, no texto lido, o filho que retornou não merecia ser recebido de volta, mas ele necessitava disso. O pai desse rapaz, então, o aceitou em sua casa novamente e, não só isso, também resolveu dar uma festa para ele. É importante observarmos que o pai não disse nada ruim e tampouco jogou na cara do filho o que ele havia feito. Se observarmos bem, antes mesmo que o filho pedisse perdão, o pai já o estava recebendo de volta de braços abertos e com toda a alegria. Se esse pai dissesse ao filho “você não merece, mas eu aceito você de volta”, então ele não estaria agindo com graça. Como podemos ver, a atitude desse pai mostra o real projeto de Deus para nós. Devemos ter em mente que a nossa família é representação desse projeto, pois constitui um ambiente propício para ocorrer o perdão, a aceitação um do outro, e também para abrir novas oportunidades de restauração. Isso é evidência do reino de Deus em nós. Ora, os filhos de Deus formam uma grande família em Jesus. Precisamos entender que é por meio dessa família que Deus revela a sua graça aos nossos lares. Por isso, é importante agirmos com a mesma graça para com os outros. Conclusão: Podemos estar dos dois lados da parábola do filho pródigo, isto é, podemos ser como o pai, ou como o filho: - Se estamos do lado do pai, entristecidos, então devemos perdoar, aceitar e continuar esperando o retorno filho. - Se estamos do lado do filho, perdidos e famintos, então devemos reconhecer os nossos erros, lembrarmos das coisas boas e voltar ao pai. Se fizermos isso, no final, haverá uma grande festa. Deus abençoe.
Posted on: Mon, 10 Jun 2013 15:13:06 +0000

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