Rio de lagrimas: Nos doces ventos, dos meus cinquenta anos bem - TopicsExpress



          

Rio de lagrimas: Nos doces ventos, dos meus cinquenta anos bem vividos. Achei que já tinha sentido todas as dores da vida, até o implacável e inevitável fim daquela que me concebeu a vida. Então de repente tudo que me foi concebido, me parece tão insignificante. Pois compartilhar a dor daqueles que amamos, sem ter qualquer argumento viável, nos faz refletir sobre tudo que fizemos e deixamos de fazer. Como se pudéssemos refazer o passado, pois na vertiginosa ansiedade dos sonhos e desejos acabamos deixando, os beijos os abraços, e afagos para depois, até descobrirmos que este depois pode se transformar em nunca mais... O que me conforta é saber que o mesmo senhor do tempo que nos dilacera a alma com sua verdade inegável, é o mesmo que como um balsamo nos afaga nos momentos mais difíceis. Acabamos descobrindo da pior forma possível, que quanto mais longa a nossa existência, maior é o sofrimento diante os pedaços da nossa felicidade que vão ficando para traz. Fica para nós os frutos da arvore que perpetua a nossa espécie, a dolorosa missão de sepultarmos os nossos inerentes desejos do eterno. Então ficamos a velar a possibilidade de um amanhã que jamais saberemos se virá. E assim continuamos a nos compadecer das perdas apesar de sabermos que nada temos. Que o criador nos fortaleça na dolorosa missão de continuarmos o caminho apesar das cicatrizes do inevitável tempo findo. Com tudo não pretendo amaldiçoar o tempo que me foi tirado, e sim agradecer ao criador pelo valioso tempo que me foram concebidos juntos. “Pois o que me consome não são as dores e o vazio da perda, mas sim o rio de lagrimas dos hipócritas que velam a minha dor.” Sei que certamente os meus despertar e adormecer de agora em diante não serão mas os mesmos, pois sempre tive o conforto do despertar e adormecer sob o manto das suas orações. Agora espero poder confortar o seu repouso eterno, com as minhas orações. E até um dia, quem sabe... “Nada mais confortante no nosso existir, do que a certeza do amor recíproco”. Antonio de Araujo Silva.
Posted on: Sun, 15 Sep 2013 14:44:32 +0000

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