Rolou na mídia! Publicada em 30/08/2013 1- Eu os odeio, mas - TopicsExpress



          

Rolou na mídia! Publicada em 30/08/2013 1- Eu os odeio, mas não mentem! Eu gosto de ficar de olho na enxurrada de dados costumeiramente divulgados pelos governos de plantão. Eles (os números) são o que há de melhor, meu caro Zé Mané, para a tentativa do salutar exercício da cidadania ser um sucesso. Todas essas informações devem ser vistas com olhos acurados. Mas, até que se prove o contrário (e isso deve ser feito com números), os dados apresentados costumam ser retratos fiéis da realidade. O grande pulo do gato se dá na forma como o astuto observador interpreta cada índice ou informação. 2. O nosso A, B, C... Do ano 2.000 para cá, mesmo para os estrábicos políticos, é fácil constatar os significativos avanços na formação de nossa tribo verde-amarela. A interiorização do acesso à cultura e ao conhecimento consolidou-se como política pública, ajudando na evolução positiva do conjunto social. No início deste milênio, por exemplo, 76,3% dos municípios tinham bibliotecas instaladas. Hoje, esse percentual chega a 97%. O desafio passa a ser criar condições para que essas bibliotecas não sejam apenas prédios de adorno visual. No mesmo período, saltamos de 19,6% de municípios com alguma Unidade de Ensino Superior em funcionamento e fomos parar em 39,5%. 3. Outros dados atuais Na atual conjuntura, alguns números merecem reflexão mais detalhada. Vejamos alguns: 89,4 dos municípios deste Brasilzão possuem um estádio ou ginásio desportivo; 80,7% têm uma Lan-House (por mais peba que seja); 59,3% são sedes de uma Rádio Comunitária qualquer; 57,4% deles possuem um provedor de internet; 38,3% já ouvem rádio FM locais, cujas potências costumam invadir, sem constrangimento, amplas regiões com interesses políticos de toda a ordem. Por outro lado, há índices mais modestos e, ainda assim, importantíssimos. Por exemplo: 10,7% dos municípios já possuem cinema; 22,4% possuem teatro; 25%, algum tipo de museu, e 25,2% dispõem de livraria. 4. A caminhada Esses números não surgiram por acaso. Tal evolução quantitativa e qualitativa se deu por implementação de decisões políticas importantes. Uma delas diz respeito ao funcionamento dos Conselhos de Cultura, cujo trabalho permite a participação da sociedade no monitoramento da aplicação e da gestão dos recursos para essa área. Parece pouco, mas é uma evolução considerável. Hoje, 31,2% dos municípios já possuem legislação de proteção ao patrimônio cultural local. Em 2006, esse percentual era de apenas 17,2%. 5. Um sinal... Qualquer sociedade quando tem suas necessidades básicas atendidas passa para outros estágios e isso é um processo interminável. Na essência, é algo justo, salutar, mobilizador e propulsor. Não somos mais uma republiqueta de bananas com habitantes saltitantes em busca apenas da sobrevivência. Atingimos, nos últimos anos, estágios mais avançados. Tal privilégio implica em novas demandas. A cultura e o esporte (em visão ampla) são caminhos reveladores e naturais de uma sociedade em expansão e inclusão. Isso será tanto mais rápido quanto for a responsabilidade social de quem governa impondo ações permitidoras de melhor distribuição de renda. Ridiculamente simples na teoria... é de uma dificuldade titã na prática. rondoniadinamica/colunas/eu-os-odeio-mas-nao-mentem,1954.shtml David Nogueira
Posted on: Sat, 31 Aug 2013 12:35:59 +0000

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