Ruminantes é que é! 1. No meio do caos instalado e do - TopicsExpress



          

Ruminantes é que é! 1. No meio do caos instalado e do requentado pântano que alastra todos os dias, de uma coisa ninguém tem dúvidas: Temos uma lindíssima Procuradora-Geral da República! Ainda bem. Por isso é que todos estamos serenos, embruxados ou anestesiados. E labutadora! Bués disso!... E escrupulosa. E mirífica. E autocéfala. E galante. E bem resolvida. E demolidora. E inequivocamente líder. Grande! Que bem!... Personagem tão predicativa, sim!... Nada manipulável e influenciável e muito senhora do seu nariz, que nunca aceitaria ordens de ninguém e muito menos ser abalroada por altos assuntos de Estado. Sim, como aconteceria às minúsculas jarras ou às coisas desinteressantes para toda a gente. Enfim, o resumo de tudo isto ouvi-o ontem a Daniel Proença de Carvalho: “A Procuradora devia ter telefonado a informar sobre o arquivamento do Processo.” Bingo!... Isto é, quando sai a público a polémica -investigações em curso em Portugal a... “altas figuras angolanas” (seja lá o que isto, de grandioso e límpido, for!)- a dita senhora limita-se a dizer duas ou três larachas de compêndio de caloiro universitário. Tipo: Estão em Segredo de Justiça os processos judiciais instaurados a cidadãos angolanos. Ou: Em Portugal vigora o princípio da separação entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judicial. E isto até a minha mãe, que tem a 4ª Classe, o diria. Enfim!... E por estes dias surpreendentemente saem notícias dizendo que a sra. Vidal sabia do arquivamento desde julho. Alguém percebe isto? Alguém entende esta salgalhada toda? Quem é que pode estar descansado com umas Democracia e Justiça destas? É que a datada nota -da incrivelmente incompetente PGR- confirmou em seu tempo que se encontravam pendentes no DCIAP vários processos em que eram intervenientes cidadãos angolanos, “quer na qualidade de suspeitos, quer na qualidade de queixosos. Por outro lado, e por arrastamento, permite-se que o Presidente angolano (o pai da Isabelinha que trabalha imenso), ao dizer que nos corta as relações, nos achincalhe perante o mundo inteiro e provoque uma leve crise institucional (Tradução: O desGoverno português humilhando-se perante o ditador angolano.). Permite-se que o MNE Machete, de calças na mão e por entre chuvas douradas, peça “desculpas públicas” aos pretos de Angola. Permite-se que Passos e Portas se eternizem para as fotografias da praxe, obrigatoriamente de mãos postas e de joelhos dobrados. Sim, é um país tão atípico e surrealista que o ministro mais desacreditado do desGoverno tem o descaramento de apresentar-nos como original uma... remendada Reforma de Estado! E ninguém se ri. E toda a gente começa a achar isto tudo normal. Ou seja, depois de dois anos de desGovernação temos... Programa de Governo. E se isto não é para lhes chamar FdP, eu não sei quando se pode chamar FdP a alguém. E Assunção Esteves? Como diplomático cartão de boas vindas, para engraxar e para acalmar as feras, vai a Angola. Contudo, antes disso o nosso Estad(inh)o faz saber (abalroando aquilo que a nossa bonita e esfíngica deusa da Justiça disse em seu tempo e automaticamente fazendo-a passar por estúpida e ignorante aos nossos olhos) que o processo relacionado com os tais angolanos importantes já tinha sido arquivado... há quatro meses! Portanto, andou-se aqui a brincar aos cowboys, enquanto se dá a entender que só puseram ali a nossa PGR para andar aos papéis e para os apanhar de vez em quando. E isto para mim não é milagre nenhum, mas sim um tremendo mistério. Portugal hoje é um estonteante mistério. Resumindo: Depois deste triste e caricato (e muito revelador da qualidade das nossas... “elites”!) episódio angolano, concluímos claramente que há muito dinheiro sujo a circular por baixo das mesas e que vivemos numa terra sem Lei e subordinada a meia dúzia de negociantes e traficantes. 2. De regresso à vida dos Carrilhos (que não dizem asneiras e que são bem comportadinhos), dizer que na minha opinião 99,9% dos gatos-pingados que estiveram na “homenagem” ao Lou Reed só lhe conheceriam o “Perfect day”. Mainada! E até suponho mais: Muitos deles conheceriam mais depressa o “Chupa Teresa” do Quim Barreiros, que o mítico “Sunday morning”. Sim, partidos como o BE mais preocupados com o eterno descanso do ex-Velvet Underground, no dia em que ralavam nas sondagens. Enfim, R.I.P. p´ra ti, ó Lou!
Posted on: Mon, 04 Nov 2013 14:49:48 +0000

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