SANGUE ALVIVERDE! Guilherme Artigas no BLOG do TORCEDOR, - TopicsExpress



          

SANGUE ALVIVERDE! Guilherme Artigas no BLOG do TORCEDOR, globoesporte.globo/pr/torcedor-coritiba/platb O fiel torcedor Coxa-Branca Guilherme Artigas, 37, jornalista, escreve sobre o camisa 10 Alex, fazendo um paralelo histórico com o atual momento do Coritiba. --- “Boa parte da torcida Coritibana ergue a bandeira do apoio incondicional e de nova mentalidade. Há os que tratam como revolução. Seja o que for, vai passar pelo crivo da história. Terá suas etapas de desenvolvimento. É certo que houve reforço na identificação da torcida com ídolos reais, o que não chegava a ser comum. A atitude de Alex em voltar para casa significou muito, apenas uma nascente do que seria verdadeiramente uma revolução, a da autoestima. Leva tempo. Quem sabe, uma torcida passa a sentir o seu time grande quando, por exemplo, aprende a lidar com craques verdadeiros e não com Marcelinhos Paraíbas. Estaríamos desacostumados a tratar com craques? Nascido em 76, passei os anos de 1980 e 90 com aperto no coração. Mesmo com a glória de 85, que vi na TV, em outros aspectos foram décadas difíceis. Menos estaduais, rebaixamento no tapetão e assim por diante. Ainda recordando alguma angústia, lembro com felicidade a cabeçada oportunista de Tostão na final do paranaense de 89. A minha primeira final no estádio. Naquele tempo não me ocorria nada sobre o valor de um título estadual. Era algo puro: Coxa campeão, pronto. Tesão piá. É verdade que vi Tostão jogando muito e com alguma regularidade. Não vi Zé Roberto, não vi Hidalgo, lembro bem de Pachequinho, um pouco de Dida, até de Evair. De Ademir Alcântara? É. Ouvi dizer sobre alguns maestros mais antigos. Melhor? Não sei, mas Alex é diferente de todos. Um sangue ainda mais frio e muita precisão, tanto no passe como na finalização. É um fora de série. Hoje, é necessário que nossa torcida assimile o que é um legítimo craque. Esse tipo costuma aparecer nas zonas de desconforto, com lances feitos naquela hora certa, tão certa porque improvável. O craque ocorre muitas vezes na desesperança. Ele é feito das surpresas que traz. Algo como aquele toque maroto de Alex no gol contra o Londrina, na final do primeiro turno do estadual 2013. Sofríamos pressão, fora de casa, no fim do jogo, sob hostilidade. E aquela calma do toque rasteiro, lá no canto? Precisão, gol, vaga na final garantida. Também não creio que num momento desses, passe pela cabeça de Alex ou de qualquer jogador tratar-se de uma simples final de turno, estadual. Ali o estado mental é fechado no futebol propriamente dito, num inconsciente onde não existem as instituições ou os valores de amistoso e final de campeonato. O sentido é a bola, ela só, e o gol. Este nirvana liberta o futebol de tudo que o distorce: as mesas redondas, o patrocinador da camisa, os cortes de cabelo, o plano de sócio, o treinador, o presidente do clube, o empresário, os titulares e os reservas, até às estratégias de marketing pessoal, tudo isso é anulado no momento inexplicável do craque. Um ou dois segundos raros e inesquecíveis e a glória, no alto. Suponho que não devamos nos iludir que Alex vai jogar sempre muito bem contra todos os times e tipos de times. Parece que contra o Bahia ele não se inspirou, contra o Fluminense, atual campeão brasileiro, num único lance, ele decidiu. Haverá dessas. Salve o Couto Pereira!”
Posted on: Fri, 07 Jun 2013 19:15:26 +0000

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