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SERÁ QUE JUSTIÇA DE ITU TERÁ CORAGEM DE CAÇAR O “ PREFEITO” TUÍZE, NO PRÓXIMO DIA 28? Que a vida não está sendo fácil para o atual prefeito de Itu, Antônio Tuíze, ele melhor do que ninguém sabe disso. Em primeiro lugar, ele já era líder em rejeição na cidade, antes mesmo de ser eleito. Sua eleição foi ganha no sufoco. Precisou do apoio da Câmara de Vereadores inteira, da Deputada Rita Passos, do então Prefeito Herculano, da máquina administrativa e de uma fortuna em dinheiro, para conseguir se eleger. E, mesmo assim, ganhou raspando. Tuíze foi eleito com 33.384 votos, o que corresponde a 40,75% dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos. A votação não foi grande coisa, se levado em conta o aparato que ele tinha a sua disposição. Prova disso, é que o segundo colocado, Oswaldo Sonsini, que não tinha apoio da Câmara, nem de deputada, muito menos de prefeito e da máquina administrativa (apenas do jornal Notícia Popular e de alguns poucos parceiros) fez 31.612 votos, ou seja, 38,59%. Trinta e oito por cento, para quarenta, são apenas dois por cento de diferença. Como se isso só já não bastasse pra diminuir todo o impacto da “vitória” de Tuíze, uma semana após a eleição, surgiram denúncias de que a eleição dele havia sido obtida através de fraudes nas urnas. A Justiça investigou as denúncias e considerou improcedentes todas as acusações. Mesmo assim, o assunto ainda causa grande controvérsia entre a população ituana, já que é raro encontrar nas ruas alguém fora do “esquema”, que admita ter votado pra ele. O fato de seus primeiros sete meses de mandato estar sendo marcado por manifestações gerais de protestos nas ruas e repúdio total ao seu governo dentro e fora das redes sociais, só aumenta a sensação de insatisfação com ele, por parte da população. E, com tudo isso, agora vem outra bomba: Tuíze pode perder o mandato de prefeito. Talvez até este mês, caso seja condenado em um grave processo que responde. Como a população não é obrigada a entender de política pra ler um artigo sobre o tema em um jornal, vou explicar da forma mais clara possível. Acredito que muita gente não sabe o que significa o termo “offshores”. Em uma tradução literal do inglês para o português, pode ser entendido como “alto mar”. Mas, para a Justiça, chama-se popularmente de “offshores” as contas bancárias e empresas abertas em paraísos fiscais, geralmente com o intuito de pagar-se menos impostos do que no país de origem dos seus proprietários. Como a grande maioria dos países que permitem a criação desse tipo de empresa anônima, ou a abertura desse tipo de contas bancárias anônimas, fica em ilhas (tais como as Bermuda, Jersey, Ilhas Cayman, etc.), por extensão de sentido, esse tipo de empresa anônima ou de conta bancária anônima passou a ser chamado de offshore (alto mar). Pois é, o prefeito de Itu, está metido num processo da Justiça Eleitoral envolvendo as famosas offshores. A história é a seguinte. Durante a campanha eleitoral do ano passado, uma empresa então com escritório em São Paulo, chamada “Amazon” (não é aquela livraria famosa, não), doou uma fortuna em dinheiro para a campanha do Tuíze. Até aí, nada demais, já que doações legais são aceitas por lei. O problema, é que essa tal doação não parece ser tão legal assim. O responsável pela doação foi o sócio minoritário da empresa, que parece ter apenas 1% dela. Se só esse detalhe já não soasse uma alerta, surgiu outro logo em seguida. E grave. A tal empresa “Amazon” é internacional, com sede oficial em um desses paraísos fiscais, as “offshores”. Ou seja, pra Justiça caracterizou imediatamente uma doação de capital estrangeiro, na campanha de Tuíze. E isso é crime. É proibido por lei em todo território brasileiro. A pena é a cassação do mandado, já que as offshores são entendidas por lei como lavagem de dinheiro. Assim que essa descoberta foi feita, o PMDB entrou com uma ação na Justiça pedindo que a origem do dinheiro da campanha do Tuíze fosse investigada. A promotoria acatou e pediu que a tal doação fosse investigada pelo Banco Central, Receita Federal e Polícia Federal. Resultado: ninguém conseguiu explicar a origem do dinheiro, o que caracterizou uma suposta irregularidade (e das graves), nas contas de campanha. O fato mais estranho, é que, assim que a Justiça começou as investigações, o CNPJ da tal “Amazon”, foi estranhamente extinto e a empresa sumiu do mapa. Segundo “boatos”, a tal empresa que seria só fachada, para esquemas políticos, ainda doou dinheiro (e muito), para várias campanhas de prefeitos da região. Parece ter sido criada exclusivamente pra esse fim. O processo na Justiça deverá ser julgado no próximo dia 28 de agosto. Nesta data, tanto o Tuíze, quanto seu generoso doador de campanha terão que explicar a origem do dinheiro e provar que tudo está dentro do que a Justiça determina. Caso contrário, pelas leis brasileiras, Tuíze deverá ser cassado. Talvez até imediatamente. Embora o caso esteja correndo sob segredo de Justiça, a notícia já se espalhou dentro e fora da Prefeitura, deixando muita gente apavorada, principalmente os altos cargos de confiança. Entendidos em política já dão como certeza a cassação de Tuíze e acreditam que o tal doador generoso não irá aparecer na audiência, já que pode sair preso de lá, caso não consiga explicar a origem do dinheiro. E, se ele não for mesmo, a situação estará bem complicada para o prefeito de Itu. Um fato que chama atenção, é que, a partir do momento que a promotoria acatou as denúncias, percebendo que havia algo de errado nas contas da campanha, Sonsini poderia imediatamente ter entrado com uma liminar, pedindo que Tuíze não continuasse no cargo, até o encerramento das investigações. No entanto, sabe-se lá porque, não o fez. Seja como for, só neste ano, mais de 30 prefeitos já foram cassados em todo o Brasil, todos por irregularidades na última campanha eleitoral. E o principal, a grande maioria são do Estado de São Paulo. Como em Itu tudo pode e quem tem mais dinheiro manda, é possível sim que este processo termine em pizza. Agora, se terminar em cassação, o segundo colocado nas eleições assume automaticamente o cargo de prefeito, sem necessidade de novas eleições. Isso é, se as contas dele e do vice estiverem em ordens também. A grande pergunta que todos fazem agora é: Se comprovada todas as denúncias de irregularidades nas contas de campanha, será que algum juiz de Itu terá coragem de caçar o prefeito Tuíze, que é protegido do Herculano? E, como todos sabem, Herculano, o cunhado do ex-governador Fleury não é o cara que pede. É o cara que manda. Como só acredito vendo, essa eu quero assistir de camarote. Reginaldo Carlota Editor-Chefe
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 12:38:32 +0000

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